Magmatismo


Índice

 Introdução


A Terra pode ser estuda segundo sua dinâmica interna e externa. Como dinâmica externa entende-se o intemperismo (químico, físico e químico orgânico), erosão e deposição, agentes de transporte (gelo, rios, mares, vento, gravidade, etc.).
As forças da dinâmica externa (ou forças exógenas) seriam forças de origem climáticas (chuvas, temperaturas), altitude, latitude, força gravitacional, substâncias químicas dissolvidas em águas intempéricas, etc.
Da dinâmica interna temos os terremotos, magmatismo (vulcanismo e magmatismo) = orogênese, e a epirogênese.
Neste trabalho veremos alguns resultados da forças internas (terremotos, vulcanismo, plutonismo e epirogênese).




























1 – Magmatismo

 

O magma compreende o estudo do magma sob o ponto de vista químico, físico e o movimento no interior e exterior da crosta terrestre.
Podemos estudar a dinâmica interna segundo dois aspectos: o aspecto magmático e o aspecto tectônico.
O aspecto magmático estuda o magma sob o ponto de vista químico, físico-químico e do movimento no interior e exterior da crosta terrestre. Vai estudar as atividades vulcânicas e plutônicas.
O Aspecto tectônico estuda as consequências dos diversos tipos de esforços, os quais são traduzidos na v rias feições impressas nas rochas (dobras, falhas, fraturas, diáclases, foliação, xistosidade, etc.).
Vulcanismo = ocorre quando a atividade magmática atinge a superfície terrestre.
Plutonismo =  mais frequente do que o vulcanismo. Ocorre quando o magma se solidifica no interior da crosta, sem atingir a superfície. O magma fica aprisionado no meio de outras rochas.
É admitido que o magma se forme a uma profundidade de mais ou menos 30km de profundidade. Todavia, esta profundidade vai variar de acordo com a temperatura no interior da Terra, bem como com a pressão reinante.


1.1 – Conceito, Localização e Composição da Magma

 

1.1.1 - Magma

Magma   é o nome dado a rocha fundida debaixo da superfície da Terra que, quando expelida por um vulcão, dá origem à lava.

1.1.2 - Localização

Localiza-se normalmente dentro de câmaras magmáticas, entre os 15 e os 150 km de profundidade. É composto por uma massa de silicatos a alta temperatura e pressão, entre 650 e 1200 ºC (podendo chegar a 1560 °C), acompanhada por um conjunto variável, em proporção e tipos, de iões metálicos e compostos voláteis, ricos em enxofre.

 

 1.1.3 - Composição

Magma vem do grego e significa "massa de pão", que ocupam espaços definidos denominados de câmara magmática. O magma não ‚ liquido propriamente dito. Ele mais parece com uma massa viscosa, algo como uma "espuma de rocha". Sua viscosidade depende da quantidade de sílica (quartzo). Os granitos possuem bastante quartzo - são chamadas de rochas ácidas. Já o diabásio e basalto não possuem quartzo - são chamadas de rochas básicas.
No geral, o magma possui uma composição complexa e que pode ser dividida e simplificada em:

substâncias (ou elementos) não-voláteis
Sio2; Al2O3; Fe - Fe2O3; MgO; CaO; NaO; K20

substâncias (ou elementos voláteis)
CO2; CO; H2; SO2; SO3; HCl; H2S.

1.1.3.1 - Temperatura do Magma

É lógico que a temperatura do magma que o homem tem acesso ‚ menor do que a temperatura real do magma (isto por que ele vai se resfriando conforme vai chegando na superfície terrestre).
Em estudos realizados no Hawai e Islândia, indicam que a temperatura do magma no interior da crosta ‚ de 800oC a 900oC.

1.1.3.2 - Viscosidade do magma

Varia de acordo com a composição: quanto mais quartzo (sílica), mais viscoso ‚ o magma.
Quanto menos sílica, menos viscoso ‚ o magma, consequentemente escorre mais.

1.1.3.3 - Diferenciação Magmática

Diz respeito aos processos que o magma sofre para gerar rochas tão diferentes como granito e o basalto.
Seriam os seguintes processos: imiscibilidade de líguidos; migração da fase fluida; diferenciação gradativa; diferenciação por convecção; assimilação magmática; diferenciação por filtração e pesagem.

1.2 - Consolidação de Magmas


 Quando um magma começa a arrefecer em locais profundos da crosta terrestre, ocorre a formação sequencial de minerais (diferenciação magmática).
Cada mineral possui partículas que se dispõem de forma ordenada e regular segundo as três dimensões do espaço, possuindo por isso estrutura cristalina.
Nisto distinguem-se dos outros sólidos cujas partículas elementares se encontram dispersas de forma irregular e desordenada (estrutura amorfa ou vítrea).
Numa rocha magmática a formação dos diferentes minerais que a constituem não é simultânea, uma vez que os diferentes minerais têm diferentes temperaturas de cristalização.
agitação do meio, o tempo, o espaço disponível e a temperatura condicionam o crescimento e o tamanho final dos cristais. As condições de cristalização podem conduzir à formação de cristais poliédricos de faces planas – cristais euédricos, ou à formação de cristais sem forma geométrica definida e de faces irregulares – cristais anédricos.
A formação da estrutura cristalina de um sólido a partir de uma mistura líquida ocorre por solidificação (materiais fundidos sujeitos a arrefecimento); sublimação (formação de cristais a partir do arrefecimento de materiais gasosos); evaporação (evaporação do solvente com a cristalização dos minerais nele dissolvidos); e precipitação (arrefecimento de soluções saturadas a temperaturas mais elevadas, de que resulta a cristalização do soluto).
Existem minerais quimicamente semelhantes, mas que apresentam estruturas cristalinas diferentes, indicando que foram formados em condições de temperatura e pressão diferentes – polimorfos. É o caso da grafite e do diamante, ambos constituídos exclusivamente por carbono.
O mesmo fenómeno ocorre  com carbono de cálcio que ao cristalizar em diferentes condições, origina calcite ou aragonite, dois minerais polimorfos.
Noutros casos, minerais de composição química diferente apresentam a mesma estrutura cristalina – isomorfos. É o caso de minerais do grupo dos silicatos (plagioclases/feldspatos), em que o Na+ e o Ca+ se podem intersubstituir.
A forma dos cristais é dependente das condições do meio mas a estrutura cristalina é constante e independente dessas condições.

1.3 - Tipos de magma
Sabe-se, na actualidade, que diferentes tipos de rochas podem formar-se a partir da solidificação de magma resultantes da fusão parcial de outras rochas. São três os principais tipos de magma: basáltico, andesítico e riolítico.
Magma basáltico – cerca de 50% de sílica (SiO2) e pequena quantidade de gases dissolvidos. Origina o basalto e o gabro.
Magma andesítico – cerca de 60% de sílica (SiO2) e bastantes gases dissolvidos. Origina o andesito e o diorito.
Magma riolítico – cerca de 70% de sílica (SiO2) e elevada quantidade de gases dissolvidos. Origina o riólito e o granito.
Os seus nomes baseiam-se na sua textura e composição que apresentam, sendo que estas propriedades mostram o modo como se formaram, mas sabendo que todas elas provêm dos três tipos fundamentais de magmas como o basáltico, andesítico e riolítico.
Estes três tipos de magmas formam-se em quantidades diferentes, cerca de 80% de magmas emitidos pelos vulcões são basálticos, só 10% são andesíticos e os outros 10% são riolíticos. São os 80% de magmas basálticos, constituintes da grande parte das rochas dos fundos oceânicos.

1.3.1 - Magmas basálticos
Expelidos ao longo dos riftes e dos pontos quentes, com origem na fusão parcial das rochas do manto (peridotitos) – que têm composição química semelhante à do basalto, mas mais rica em minerais ferromagnesianos e com uma pequena percentagem de gases dissolvidos, e cerca de 50% de sílica.
Nos pontos quentes situados nos oceanos, fluem por vezes grandes quantidades de magmas basáltico como é o caso da ilha do Hawai. Nestas zonas ascendem as plumas quentes oriundas do manto profundo, que ao subirem devido à descompressão podem originar magma que atravessa a placa litosférica, alimentando os vulcões de pontos quentes.
Experiências laboratoriais, mostram a existência de pequenas diferenças na constituição dos magmas basálticos, tendo condicionantes devido aos ambientes em que se geram, ou seja que um peridotito com granadas, em pressões de 100Km e 350Km, isto é, na astenosfera, deve-se fundir parcialmente, sendo que o material resultante dessa fusão apresenta uma composição idêntica à do magma basáltico.
A subida de um magma como a sua velocidade de ascensão vai depender de vários factores.
A sua viscosidade vai depender da sua densidade, da sua riqueza em sílica, da sua temperatura e da sua quantidade de fluidos que contém. Se houver acumulação de magma basáltico em câmaras magmáticas a uma profundidade de 10 a 30km, a consolidação origina rochas plutónicas, os gabros.Se o magma basáltico for expelido em erupções de lava, a sua consolidação origina rochas vulcânicas, os basaltos (com texturas pouco cristalinas ou mesmo vítreas, dependendo da velocidade de arrefecimento).
Quando a velocidade de ascensão do magma é superior à de arrefecimento, o magma pode chegar à superfície sem ter consolidado e, neste caso, verificam-se erupções de lava que, por solidificação, originam rochas vulcânicas. Muitas vezes essas rochas são basaltos cuja textura revela duas fases de formação: uma durante a ascensão que possibilita a génese de cristais microscópicos e, por vezes, mesmo de algum material não cristalizado.


1.3.3 - Magmas andesíticos:
A sua formação é originária nas zonas de subdução e relacionam-se com zonas altamente vulcânicas, como por exemplo como os Andes, na América do Sul e as Ilhas Aleutas, no Alaska.
O nome Andesítico, advém do facto de seres característicos das cadeias montanhosas dos Andes.A sua composição depende da quantidade e da qualidade do material do fundo oceânico subdutado, é composto por água, sedimentos e uma mistura de material com origem quer na crusta oceânica, quer na crusta continental. Os sedimentos têm água retida nos poros e são ricos em minerais de argila, que contém água na sua estrutura cristalina. Estes sedimentos aprofundam com a subducção ou seja quando a placa se move para baixo da outra.
Se os magmas andesíticos consolidarem em profundidade, originam rochas chamadas Dioritos. Se consolidarem na superficie ou próximo, originam-se rochas designadas por Andesitos.


1.3.3 - Magmas Riolíticos
Originam-se a partir da fusão parcial das rochas constituintes da crosta continental ricas em água e dióxido de carbono por isso estes magmas são muito ricos em gases. A presença de água faz baixar o ponto de fusão dos minerais. No entanto, esse efeito deixa de se verificar a baixas pressões, isto é, em zonas muito próximas da superfície.
Experiências efectuadas em laboratório com material de composição igual à composição média da crosta continental e submetidos às condições de pressão e de temperatura provavelmente existentes no interior da crosta terrestre, comprovam a elevada concentração de gases no magma durante a fusão das rochas continentais.
Por isso, formam-se em zonas onde as condições de pressão, temperatura e humidade sejam adequadas à sua génese e onde se verifique choque de placas da crosta terrestre, dando origem a cadeias montanhosas - orogenése. Nestas regiões, a crosta terrestre vai deformar-se devido às tensões tectónicas, aumentando a sua espessura como consequência origina o aumento de pressão e de temperatura, criando as condições para o metamorfismo, e também à fusão parcial das rochas da crusta.
A consolidação do magma riolítico em superfície dá origem a rochas designadas de Riolítos. Em profundidade, esta consolidação origina rochas de Granito.


1.4 - Cristalização fraccional
O processo de cristalização de um magma é muito complexo. Ao baixar a temperatura do magma, podem distinguir-se asseguintes fases:1. Fase ortomagmática - Começam a cristalizar os minerais de mais elevado ponto de fusão, que,geralmente, são os mais densos e escuros. A temperatura do magma pode baixar aos 500 oC;
2. Fase pegmatítico-pneumatolítica - Ocorre a cerca de 500 oC, temperatura a que o quartzo e a ortóclase cristalizamsimultaneamente. No líquido residual concentram-se os componentes voláteis e, ao aumentar, a pressão penetra naszonas periféricas, originando nas rochas confinantes uma auréola de metamorfismo de contacto;
3. Fase hidrotermal - Formam-se soluções hidrotermais (soluções aquosas a alta temperatura) entre a água e os outroscompostos solúveis do magma (CO2, F, Cl, Br, etc.). Estas soluções, devido à pressão do vapor de água, ascendematravés de fraturas e planos de estratificação das rochas confinantes, dando origem, por vezes, a formações filonianasna periferia dos batólitos graníticos.
Os minerais são fases sólidas estáveis em determinadas condições de pressão e temperatura. À medida que um magmaascende até à superfície da crosta terrestre, vai arrefecendo e variando as condições de pressão e temperatura. Estasalterações provocam variação nas condições do estado físico-químico dos seus componentes, diferenciando-se mineraispara cada intervalo de pressão e temperatura. Como consequência, em qualquer momento da cristalização magmática,coexistem uma fração sólida constituída por minerais formados num intervalo de pressão e temperatura e uma fraçãolíquida residual. Daí o considerar-se a cristalização magmática como uma cristalização fracionada.Estas fraçõesmagmáticas têm composição química diferente, ainda que na totalidade reproduzam a composição do magma inicial.Como as frações existentes ainda são reativas entre si, podem diferenciar-se e separar-se por vários mecanismos.Assim, pode ocorrer:
a) Diferenciação por gravidade, quando os cristais formados a alta pressão e temperatura, que são os primeiros aformarem-se, são, em geral, mais densos que a fração residual do magma e tendem a concentrar-se no fundo dacâmara magmática;
b) Diferenciação por compressão, que admite que os cristais formados não se depositam por gravidade no fundo damassa magmática, antes formando uma malha ou rede de cristais já consolidados, entre os quais se formam outroscristais por compressão dos componentes fluidos do magma. Este mecanismo pode explicar as massas cristalinassegregadas e os filões que se formam na periferia de uma massa plutónica;
c) Diferenciação por difusão térmica, que ocorre quando no interior da massa magmática existem deferenças detemperatura, que provocam movimentos de convecção na massa magmática, o que faz com que os materiais dissolvidosse concentrem na zona de mais alta  temperatura e os minerais cristalizados se concentrem na zona de menortemperatura.



Conclusão

 

Ao desenvolvermos o tema dado pelo professor chegamos  finalmente a uma conclusão que o magmatismo  é parte da geodinâmica interna que estuda a magma sob o ponto de vista químico, físico e o movimento no interior e exterior da crosta terrestre e estuda-se a dinâmica interna segundo dois aspectos: o aspecto magmático e o aspecto tectônico.
Podemos dizer também que a uma grande diversidade de rochas magmáticas, os magmas que as originam podem ser enquadrados em três tipos destacados a seguir:
- Magmas basálticos (pobres em sílica) – dão origem, por consolidação, aos fundos oceânicos. São expelidos principalmente em riftes e pontos quentes, tendo-se originado a partir de rochas do manto – peridotito. Se estes magmas solidificam em profundidade, dão origem a gabros.
 - Magmas andesíticos (composição intermédia) – formam-se nas zonas de subducção e relacionam-se com zonas altamente vulcânicas. A composição destes magmas depende da quantidade e tipo de material subductado. Quando solidificam em profundidade, dão origem a dioritos; quando solidificam à superfície ou perto dela dão origem a andesitos.
  - Magmas riolíticos (ricos em sílica) – formam-se a partir da fusão parcial da crosta continental e tendem a ser muito ricos em gases, em zonas de convergência de placas. Em profundidade, dão origem a granitos; à superfície ou perto dela formam riólitos.




















Bibliografia

 

LOCZY, L. & LADEIRA, E.A. Geologia estrutural e introdução à geotectônica. Rio de Janeiro/São Paulo: (Cnpq) & Editora Edgard Blücher Ltda, 1981. 528p.  
MONTGOMERY, C.W. Environmental geology. 3ª ed. Dubuque: WM. C. Brown Publishers, 1992. 465p. 
HOWARD, A.D. & REMSON, I. Geology in environmental planning. New York: McGraw-Hill, 1978. 478p. 




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A Problemática da Relação entre a Escola e a Família no Processo de Ensino e Aprendizagem


O trabalho em referência, faz uma abordagem sobre “A Problemática da Relação entre a Escola e a Família no Processo de Ensino e Aprendizagem ”, na vertente estudo do caso. 

A aproximação entre a escola e a família tem sido alvo de muito critica perante a sociedade, face atuação de muitos pais e encarregados de educação não colaborarem directamente nos problemas que afligem essa relação, no sentido de se criar condições para melhorar o processo de ensino e aprendizagem dos educandos.

A relação entre a escola e a família desde a antiguidade foi sempre uma relação problemática, por motivos dos desencontros entre a escola e a família, onde a escola marginalizou a família porque achava que a instituição escolar era a única que estava preparada para exercer a prática educativa devido a sua especialização, sem a intervenção da família.

Por outro lado, algumas famílias pensavam que a única responsável pela educação dos filhos era a escola, provocando a ausência ou a fraca relação entre a família e a escola, afectando o processo de ensino e aprendizagem e elaborou-se as seguintes questões de partida:

Ø  Quais são causas do fraco relacionamento entre a escola e a família na escola 2003?
Ø       Como aprofundar a participação da família na escola 2003?

Hipóteses

Ø A falta de abertura da escola para a família faz com que esta se sinta marginalizada, isto é, a família não participa.        
Ø  O baixo nível de formação académica de alguns pais e encarregados de educação, faz com que haja pouca compreensão da linguagem da escola, dificultando a sua participação.
Ø As condições sociais tais como a pobreza constitui um factor que impossibilita a participação da família na escola.

Objectivo geral

Ø Compreender a relação entre a família e a escola e os problemas que  afectam essa relação para garantir  a eficácia do processo de ensino e a  aprendizagem na escola 2003.

Objectivos específicos

Ø  Analisar a participação da família na escola e a abertura desta para a família;
Ø  Explicar as causas da falta de acompanhamento da família no processo de ensino-aprendizagem e o seu impacto no rendimento escolar dos alunos;
Ø  Contribuir para a melhoria de uma parceria entre ambas as instituições.

A escolha deste tema deveu-se ao problema que vem inquietando a escola, pelo fraco grau de participação dos pais e encarregados de educação, afectando negativamente o processo de ensino e aprendizagem, principalmente no rendimento escolar dos alunos.

A metodologia a ser usada é a pesquisa qualitativa, quantitativa, estudo de caso, estudo documental e bibliográfico, técnica (a observação) e Instrumento de pesquisa (a entrevista e o questionário).

O estudo em abordagem visa reforçar a parceria escola-família através de efectiva colaboração dos pais e outros membros da famíla nas actividades educativas de aprendizagem de novas gerações. Pretendemos fazer uma reflexão sobre o trabalho realizado pela escola e pela família na comunidade, no sentido de dar a nossa contribuição com algumas sugestões a fim de melhorar a relação entre a escola e a família.
                                                                                                                                 







CAPÍTULO I: RELAÇÃO ESCOLA - FAMILIA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Neste capítulo foram abordados conceitos como escola, ensino, aprendizagem, família por lado, por outro os principais temas que serviram para o desenvolvimento deste estudo, foram enfatizados os seguintes: Caracterização da pareceria entre a escola e família no processo de ensino e aprendizagem, o papel do professor como mediador na aprendizagem do aluno.  

1.1. Definição de Termos e Conceitos
Vários termos foram necessários para compreensão do tema em estudo como podemos verificar a descriminação ao longo do trabalho.
 1.1.1. Escola
Escola é um estabelecimento de ensino ordenado pelas autoridades reconhecidas da nação, cujo acesso é para todo o povo, onde o estado é gestor em sua plenitude (LAKATOS, 2006:310).
Escola é uma organização indispensável ao indivíduo dos tempos modernos como forma de enriquecimento das experiências de socialização e da dinamica das relações interpessoais  (COLÔA, 1999:24).
 1.1.2. Ensino
O ensino é uma acção deliberada e organizada. É a actividade pelo qual o professor, através de métodos adequados, orienta a aprendizagem dos alunos (HAYDT, 2009: 12).
1.1.3. Aprendizagem
A palavra aprendizagem é derivada de aprender (lat., apprehendere), tomar conhecimento de, reter. Aprendizagem é a acção de se aprender algo, de “tomar posse” de algo ainda não incorporado ao comportamento do individuo (NÉRICI, 1992: 49).
Ou seja, aprendizagem é uma forma do conhecimento humano – relação cognitiva entre aluno e matéria de estudo, desenvolvendo-se sob as condições específicas do processo de ensino (LIBÂNEO, 1994: 91).
 1.1.4. Aluno
Aluno é individuo que recebe formação de um ou vários professores para adquirir ou ampliar os seus conhecimentos ( h.t.t.p: www.dicionário informal.com).
1.1.5. Família
Em sentido restrito, o termo família costuma designar, geralmente, o conjunto de pessoas que vivem sob o mesmo tecto. No sentido lato, a família é entendida como o conjunto das sucessivas gerações descentes dos mesmos antepassados (MAIA, et al., 2002: 161).

1.2.  Breve Historial da relação entre a família e a escola.
Até ao final da idade média, a aprendizagem das condutas e do saber necessário para a integração social processava-se sobretudo no seio da família e da comunidade. Com o início da idade moderna, a escola, enquanto espaço especializado de processos educativos internacionais, passa a substituir gradualmente a família e a comunidade. Numa primeira fase, a Igreja desempenhou um papel fundamental na criação e controlo dos novos dispositivos de formação, que assumiram uma grande variedade de configurações estruturais (NOVOA, 1987: 65).
Contudo, o Estado que durante o antigo regime desempenhou um papel secundário neste processo, vai progressivamente assenhorar-se da educação formal, substituindo a tutela da Igreja, deixando claro que a missão educativa era demasiado importante para ficar dependente das orientações de instituições sobre as quais tinha um controlo muito limitado (LIMA, 2002: 26).
Paralelamente ao processo de estatização da escola, verifica-se a progressiva afirmação dos professores como profissionais, processo no qual a sua funcionalização desempenhou um papel muito importante, libertando-os do controlo da Igreja e colocando-os sob a alçada do Estado. Estabelece-se, assim, uma espécie de contrato entre os professores e o estado, com direitos e deveres mútuos, que em última instância resultou numa perda efectiva de influência por parte dos pais e na sua marginalização: Num certo sentido, o aparelho escolar edificou-se contra as famílias e as comunidades que foram marginalizadas, ora com o argumento político (a legitimidade do Estado para decidir em matéria educativa), ora com o argumento profissional (a competência especializada dos professores em matéria educativa) (NOVA, 1992, citado por LIMA, 2002: 27).
Desde há alguns anos que se multiplicam no mundo ocidental, os discursos e as análises sobre as relações entre a família e a escola. Os meios políticos e universitários consideram estas relações bastante importantes, os primeiros para propor leis ou regulamentos, os segundos para desenvolver ensinamentos (PERRENOUD, 2001: 13-14).
Para quem se interessa pelas relações entre a família e a escola a questão da sua origem, das condições que permitiram a sua emergência, assume um interesse evidente. Saber como nasceu este interesse pelas relações entre a família e a escola, torna-se indispensável, se quiser compreender como é que as famílias e aqueles que trabalham nas escolas vivem e pensam nos nossos dias, as suas relações e fazer uma ideia da importância ou da necessidade dessas relações. (idem).
No início do nosso século, a maioria das famílias não se relacionava com a escola pública, nem tinha meios para expressar ou fazer valer, enquanto grupos distintos, uma atitude crítica. As autoridades escolares preocupavam-se pouco com as suas opiniões. Os pais de grande parte dos alunos eram considerados ignorantes, que era preciso educar. De uma maneira geral, as famílias privilegiadas tinham a possibilidade de contratar um professor particular que se deslocava a casa ou, quando tal não acontecia, matriculavam os filhos nas escolas que melhor respondiam as suas necessidades (MANTADON e PERRENOUD, 2001: 13-14).
Para as famílias populares, quando as crianças iam a escola não havia escolha, como, aliás, ainda, hoje acontece. Mais preocupados com os problemas materiais da existência quotidiana, não podiam, e, provavelmente, não imaginavam que podiam intervir no domínio escolar. Por vezes algumas vozes sindicais e outras, fizeram-se ouvir, exprimindo, quer as suas suspeições e descontentamentos em relação à escola burguesa, quer as esperanças que depositavam na instituição. Assim em geral os pais não eram admitidos na esfera escolar e as relações família-escola, tal como as preconizamos actualmente não existiam nas cidades. E, se é verdade, que no quadro de comunidades mais pequenas como as vilas ou aldeias, o professor, principalmente o do primeiro Ciclo desempenhava um papel mais alargado do que nas cidades e estabelecia relações com as famílias, não podemos pensar que nas zonas rurais os pais tinham uma maior intervenção no plano pedagógico do que nas cidades (idem).
Mudanças ocorridas no modo de vida das famílias na instituição escolar, e de uma maneira geral, nas mentalidades, permitiram a evolução das relações entre as famílias e a escola e a emergência de um discurso esclarecido sobre o assunto. As famílias e a escola constituíram desde sempre as bases sociais de aprendizagem, as duas com papeis diferentes mas que convergem. O que ambas as instituições têm em comum é o facto de prepararem os membros jovens para a sua inserção futura na sociedade e para o desempenho de funções que possibilitam a continuidade da vida social. Ambas desempenham um papel importante na formação do individuo e do futuro cidadão (SZYMANSK, 2011: 98).
São elas nos primeiros “espelhos” nos quais nos vemos e nos descobrimos. São elas também os primeiros “mundos” em que habitamos, ensinam desde o que é homem e o que é mulher até como devemos expressar os sentimentos. Aprendemos o que é belo e o que é feio, aprendemos posturas, jeitos de olhar. Consideramos a família e a escola instituições de extrema importância na sociedade, sempre estiveram inseridas na rede de inter-relações com outras instituições.
1.3. Participação dos Pais na Escola
O direito à participação nasce precisamente da nossa condição de pessoas e de cidadãos. Não é uma dádiva nem um favor, participar na comunidade educativa de forma activa, directa e plena todos os membros que a integram. O que se passa na escola não interessa somente aos que estão dentro dela, mas sim a todos os cidadãos (GUERRA, 2002: 7).
Consideremos duas vertentes a escola e o lar por um lado, e por outro duas dimensões de actuação: a individual e a colectiva (Fig. 1).
 






    
   Figura 1. Vertentes e dimensões da relação escola – família (LIMA, 2002:98).
A vertente escola inclui todas actividades levadas a cabo nas escolas, individuais e colectivas, por incentivos dos professores, dos pais ou dos alunos. Exemplos são o encontro de um docente com um pai de um determinado aluno ou uma reunião entre o docente e os pais de uma determinada turma, ou uma reunião entre todos os professores e todos os pais. Incluem-se aqui, ainda, a participação de encarregados de educação em órgãos da escola ou reuniões da associação de pais. Estas actividades constituem a fase mais visível da relação escola-família.
A vertente lar inclui todas actividades relacionadas com a escola e desempenhadas em casa pelo aluno e / ou os pais. Incluem actividades como os trabalhos de casa, outras actividades manifestas do estudo (e o apoio que lhes é, ou não, dado pela familia), mas também todo tipo de iniciativa desenvolvida pela família com vista a uma melhor escolaridade por parte do seu educando, e que são, amiúde, invisíveis fora do lar (desde o simples incentivo ao arranjo de um espaço próprio para estudo, de materiais especificos, etc.). Estas actividades são de difícil controlo por parte da escola e que pode levar por exemplo, a uma má avaliação desta acerca do envolvimento dos encarregados de educação no processo de escolarização dos seus filhos (LIMA, 2002: 98).
A dimensão individual engloba as actividades levadas a cabo por cada pai ou docente ou mesmo aluno, no âmbito da relação aqui em causa. É frequente a existência de contactos individuais por parte de docentes e pais, quer através de notas escritas, de telefonemas, pessoalmente ou oralmente através dos educandos. A actividade parental individual é a mais frequente, por quanto se trata da defesa directa dos interesses dos seus próprios filhos (idem).
A dimensão colectiva corresponde à dimensão da actuação organizada. Pode produzir-se em manifestações tão distintas, como formas concertadas de actuação dos docentes a nível da escola ou na actividade sindical nacional, por exemplo. Por parte dos pais traduz-se normalmente em actividades ligadas às associações de pais ou à integração de órgão das escolas, (ou outros enquanto representantes dos pais) (LIMA, 2002: 19)
A relação entre estas duas dimensões – individual e colectiva – pode ser de complementaridade, mas também de tensão. Num caso estaremos perante a defesa de interesses particulares e / ou cooperativos, no outro poderemos estar perante uma actuação que vise o sistema como um todo. (LIMA, 2002: 97).

1.4. Acompanhamento e visitas de encarregados de educação à escola.
Em muitos aspectos, a escola desapossa os pais dos seus filhos. Priva-os da sua presença, podendo ter várias implicações:
Por vezes é uma força de trabalho para a preparação das refeições, os trabalhos demésticos ou as tarefas profissionais quando uma empresa familiar- agricola ou comercial por exemplo- tem interesse em mobilizar toda a família. A este mobilee tradicional junta-se tudo o que participa do sentimento da infância, nas sociedades modernas. A criança é uma criação, uma expressão do casal, da família, se permanece como possessão, é cada vez mais como força de produção ou garante da descendência, e cada vez mais como fonte de prazer e de orgulho, objecto de amor e de preocupação, razão de viver, forma de organização (KELLERCHLS e PASINI, 1976: 27). Isto não exige a presença contínua da criança, mas a sua partida a horas fixas pode ser sentida como um desapossamento, em particular para as mães que estão em casa.
A entrada na escola pode ser vivida como uma ruptura decisiva na relação entre a mãe e o seu filho: pela primeira vez ele escapa-lhe para ser cuidado por outros adultos. Esta separação nem sempre é vivida como frustração. Durante várias horas por dia a escola alivia os pais da preocupação de vigiar a criança,de se ocupar dela. A sua liberdade vê-se acrescida a sua responsabilidade aligeirada (MONTADON e PERRENOUD, 2001: 84).
Vários autores não escondem as dificuldades encontradas em todos os tipos de experiência de aproximação entre a família e a escola. Os investigadores que se têm interessado por este problema (Lynch e Pimlott, 1976; Wolfendale, 1983) dizem que, apesar de todos os discursos e investigações sobre esta matéria, os pais ainda estão muito longe de serem reconhecidos como parceiros pela escola (idem).
 Em França as apreciações não são mais positivas. As tentativas de abertura da escola à família não mudaram quase nada e as autoridades escolares colocaram-se sempre como únicos e legítimos detentores da definição das normas em matéria de educação (Ballion, 1984, Cahiers Pédagogiques, 1985). Entre as razões que tornam difícil o desenvolvimento de laços satisfatórios entre as famílias e a escola, podemos destacar a grande diversidade de pontos de vista dos actores, seja por parte da própria escola, dos professores ou dos pais. Podemos comçar por perguntar quais são actualmente os pontos de vista que a escola poderá ter relativamente às questões colocadas pelos pais (MONTADON e PERRENOUD, 2001: 22-23).
Com o contributo de Henripin (1976), podemos distinguir três grandes tipos de atitudes das autoridades escolares assim como de alguns professores:
- Primeira atitude:  Os pais são considerados como clientes, que não sabem nada de pedagogia ou de gestão. Consequentemente, a única coisa a fazer é informá-los. A informação prestada é, frequentemente, sobre assuntos relativamente pouco importantes. Satisfaz alguns pais, mas deixa outros desapontados. Sem dúvida, apesar de extraordinárias possibilidades técnicas em matéria de informação, a tarefa de bem informar continua a ser um desafio para a maior parte das organizações. A informação fornecida pela escola nem sempre passa e não conduz necessariamente a um processo de comunicação;
- Segunda atitude: Os pais são considerados como uma caução; são consultados para se obter um feedback, uma informação de retorno. Isto pode dar às autoridades uma ideia do afastamento entre as suas políticas e as expetativas dos pais. É, por vezes, uma forma de manter a consciência tranquila. Raramente as autoridades conseguem dizer como é que as distâncias podem ser atenuadas, com efeito não é dada qualquer garantia aos pais de que as suas ideias ou recomendações serão tidas em conta;
- Terceira atitude: As autoridades consideram os pais como um grupo de pressão. Elas esperam as suas reivindicações para reagir. Isto  coloca os pais em situação de adversário. Alguns desmobilizam-se, nomeadamente os que desejam uma participação concreta e construtiva. Outros são apanhados nas malhas do jogo e vão desempenhar o seu papel de grupo de pressão até ao fim, suscitando frequentemente a reacções negativas.
 As autoridades poderiam, adoptando uma quarta atitude, considerar os pais como verdadeiros parceiros. Os pais, sem pretenderem tornar-se profissionais do ensino ou da gestão são, não só consultados, como participantes nas decisões. Esta concepção, raramente concretizada, pressumpõe uma vontade política de modificar as relações sociais no interior do sistema escolar (idem).
As autoridades escolares vêem frequentemente desvantagens na participação dos pais, mesmo quando ela é limitada. A participação pode ser considerada como uma perda de tempo e de eficácia, como uma ideia de difícil operacionalização. As autoridades pensam que não podem permitir-se erros ou desperdícios na utilização dos dinheiros públicos e que “desburocratizar” para colher os pais comporta o risco de alguma arbitrariedade.
Os defensores da participação sublinham as vantagens que podem ser oferecidas às autoridades. As atitudes dos professores, longe de serem uniformes, podem situar-se num continuo um. Por um lado temos a pequena minoria dos que por razões pedagógicas ou ideológicas crêem firmemente na participação activa dos pais na escola ou mesmo na aula. Estes professores cultivam simultaneamente os encontros individuais onde se trata de uma criança em particular e os contactos colectivos com os pais. Encorajam não só os contributos dos pais e a troca de impressões reciprocas, mas ainda uma verdadeira partilha de responsabilidades  no que diz respeito à organização da vida escolar ou extra-escolar e a organização do ensino que relava mais do domínio pedagógico (idem).
Em nossa opinião existem pais que se contentam com um contacto individual com o professore do seu filho e que apreciam este contacto pessoal centrado na criança e no seu desenvolvimento. Se existir um problema, a propósito do seu filho ou programa, eles não perspectivam a possibilidade de desenvolverem uma acção num quadro colectivo; tentam a hierarquia escolar, procurando sempre os contactos individuais ( com a direcção da escola). Existem pais que preferem estabelecer relações através da comissão de pais. Para muitos é o meio de evitar os contactos com os professores ou com as autoridades escolares. Estes são os pais que não gostam de tratar com os professores de forma personalizada e que entram no quadro de uma acção colectiva para conservar um certo anonimato.

1.5 - Causas do Fraco Relacionamento Entre a Escola e a Família.
            As relações entre pais e professores sempre foram assunto polémico ao longo da história do sistema educativo. Quer pela sua inexistência quer pelo seu carácter sensível que assumem, quando se concretizam estas relações têm suscitado debates intensos e apaixonados (LIMA, 2002: 97).
            Nestas discussões, ora se culpam os pais por ignorarem positivamente ou culpabilizarem injustamente os professores pelos problemas dos filhos, ora se acusam os docentes de menosprezarem ou hostilizarem as perspectivam dos encarregados de educação sobre a escolaridade dos seus filhos (idem).
            Com as dificuldades sentidas na maior parte das experiências, em curso em outros países, que visam o alargamento da participação formal dos pais nos órgãos de gestão das escolas. Segundo Barroso (1996), estas dificuldades resultam essencialmente dos seguintes factores:
- Conflito de competência entre os pais e os professores;
- Falta de condições que são dadas para a participação dos pais;
- Limitada representatividade de muitos dos pais eleitos;
- Formalismos das estruturas e processos de participação utilizados;
- Desinteresse que a maioria dos pais acaba por manifestar em relação as modalidades de participação que lhe são propostas.
Pais trabalhadores, sua condição de família trabalhadora, dificulta um acompanhamento mais próximo do trabalho académico das crianças, sua baixa escolaridade também dificulta esse acompanhamento.
            Nota-se, frequentemente, uma confusão quanto à quem cabe a educação das crianças e quais aspectos são especifico para cada instituição. Alguns professores queixam-se de que as famílias delegam a eles toda a educação dos filhos e, com razão, sentem-se sobrecarregados e mesmo incapazes de realizar tal tarefa. Algumas vezes, as famílias sentem – se desautorizados pelo professor que toma para se tarefas que são da competência da família. (SZYMANSKI, 2011: 111).
            Em nossa opinião, a relação dos pais com a escala deve ser feita de ambas partes e de igual modo existem pais que não se interessam pela educação dos filhos não cumprem a sua obrigação de cooperadores, não comparecem na escola quando são convocados, apenas se preocupam com os filhos no final do ano, pressionando os professores no sentido de facilitismo.

1.6  – Importância da relação entre a família e a escola no
         Processo de ensino e aprendizagem.
           Nos tempos mais recentes tem havido, a nível internacional, uma maior abertura da escola ao exterior, através da multiplicação e diversificação das suas formas de contacto com as famílias, desde a presença de representantes dos pais nos órgãos de gestão dos estabelecimentos de ensino às sessões informativas, aulas abertas, exposições, noites recreativas e, até, piqueniques. (LIMA, 2002: 133-134).
         Pode-se participar na direcção e na gestão das escolas, no processo de aprendizagem e na dimensão comunitária, que incumbe a escola. A presença dos pais  na comunidade escolar não deve ser vista, pelos professores, como uma ameaça. Fernandez (1993), Jil Vilan (1995), Santos Guerra (1993), Martin Moreno,(2000). Esse é um erro que prejudica fundamentalmente o professor. Não pode haver autêntica educação em valores se a família e a escola caminham em direcções opostas. É precisamente a colaboração entre ambas que vai fazer frutificar uma pretensão tão completa (GUERRA, 2001:12).
             Conforme o sentido piagetiano, a relação escola-família prevê o respeito mútuo, o que significa tornar paralelos os papéis de pais e professores, para que os pais garantam as possibilidades de exporem suas opiniões, ouvirem os professores sem receio de serem avaliados, criticados, trocarem pontos de vista. Tal parceria implica em colocar-se no lugar do outro, e não apenas enquanto troca de favores, mas  a cooperação, em seu sentido mais prodigioso: o de supor afectos, permitir as escolhas, os desejos, o desenvolvimento moral como construção dos próprios sujeitos, um trabalho constante com estruturas lógicas e as relações de confiança.
           Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva pois a muita coisa mais que a uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola; chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades ( PIAGET, 1972: 50)
               O objectivo mais relevante desta proposta é conscientizar a escola do papel que possui na construção dessa parceria: a intervenção pedagógica e estas questões, devem ser no sentido de considerar a necessidade da família vivenciar reflexões que lhes possibilitem a reconstrução da auto-estima, a fim de que se sintam primeiramente compreendidos e não acusados, recepcionados e não rejeitados, pela instituição escolar, além de que esta ultima possa fazê-los sentir-se reconhecidos e fortalecidos enquanto parceria: nesta relação. Pois  se toda pessoa tem direito a educação, é evidente que os pais também possuem, o direito de serem se não educados, ao menos informados e mesmo formados no tocante a melhor educação a ser proporcionada a seus filhos ( idem).

1.6.1        Modelos que permitem a participação da família na escola.
Paterman (1970) distingue três tipos de participação:
- Participação plena: partilha-se o poder real e individualmente;
- Participação parcial:  pode-se influir nas decisões mas não tomá-las ou participar nelas;
- Pseudo participação: as questões em que se participa já foram decididas previamente, real ou formalmente.
             Macbeth (1984) situando-se na realidade do sistema educativo faz uma diferenciação em três formas de participar: decidir (que supõe exercer o poder), controlar (que é ter responsabilidade sobre a forma com outro o exerce) e comunicar (que consiste na explicação dada por quem exerce o poder) (GUERRA, 2002: 12).
Bastiani (1987) faz uma classificação que poderíamos escalonar na ordem inversa a que fazíamos nos dois casos anteriores. De menos para mais:
- A compensação: a intervenção autónoma da escola deve corrigir as desigualdades e as deficiências, a corrigir as desigualdades e as deficiências;
- A comunicação: os professores como profissionais devem informar dos propósitos educativos, a sociedade, os pais e os alunos;
 - A prestação de contas: os professores devem responder perante a família e a sociedade pelos resultados que os alunos conseguem;
- A participação:  os três sectores devem partilhar as decisões e as responsabilidades.
Gil-Villa, (1992) apresenta-se a participação a partir de três contextos diferentes:
            - O político (a gestão da escola), o académico (referido ao processo de ensino e aprendizagem), e o icomunitário (o que diz respeito as actividades extras-escolares) (GUERRA, 2002: 12).
            Lima distingue três patamares na vida da escola:

       

Envolvimento dos pais




Mera recepção de
 Informação




Presença nos órgãos da escola






Envolvimento significativo na vida da sala de aula







                              Fig. nº2.  Patamares de envolvimento dos pais na vida da escola (LIMA, 2002:147).

                No primeiro patamar, os pais são vistos enquanto meros receptores de informação (geralmente enviada a distância) que recebem cartões (eventualmente telefonemas) com mensagens dos professores e da escola, assinam fichas informativas respectantes aos seus filhos, enventualmente acompanham-nos nos trabalhos de casa, mas mantenhem-se a distância do estabelecimento escolar propriamente dito, a não ser em visitas esporádicas normalmente em ocasiões festivas e com pouca relevância para vida escolar dos filhos.
            No segundo patamar, os pais são entendidos como parceiros menores da administração escolar.
            No terceiro patamar, os pais são encarrados como parceiros activos, principalmente na concepção, planificação, execução e avaliação das áreas importantes do curriculum, com um involvimento real e significativo na sala de aula, em áreas consideradas relevantes, para este efeito por eles e pelos professores (LIMA, 2002: 447).
           Dentro desses limites, todos os membros têm direito de intervir na determinação do  desenvolvimento da dinâmica da escola. Como modelos, dificilmente são encontrados na sua forma pura, além de cada um apresentar vantagens e desvantagens, dependendo do momento.
           A participação contribui para desenvolver a responsabilidade e a capacidade de dialogar, de planificar, de avaliar, aprender, e de trabalhar em equipa (GUERRA, 2002: 12). 
        
1.7 - Relação Escola - Família no Contexto Angolano.
            Trata-se de educação Angolana depois da independência, onde vamo-nos debruçar nos mais variados aspectos da relação escola-familia, focando os problemas que dificultam o relacionamento entre estas instituições, procurando soluções para ultrapassar essa situação.
            A Educação angolana significa para nós, compreendermos e analisarmos a organização do sistema educacional como um processo que envolve questões não meramente didáticas mas de concepção de homem do ideal politico e cultural de uma geração. É um processo completo, pois envolvem questões que vão alem a sala de aula. A escola é um aparelho do estado e está ao serviço dele, ela é o reflexo da política do país, é o espaço propício do desenvolvimento da crítica social, política, ideológica, cultural e de construção do saber necessário para o entendimento e convivência social (NGULUVE, 2010: 14- 16).
             Depois da independência Angola apresentava uma taxa elevada de analfabetismo, calculado em 85% da população. Havia urgência em se tomar medidas para a superação dessa situação que, em termos gerais, não contribua para a defesa de direitos que, a nosso ver, requere determinado conhecimento formal para que possam ser definidos (NGULUVE, 2010:64).
            O Plano Nacional de Educação nos primeiros anos que se seguiram à independência, procurou estimular as famílias a participarem nas actividades dos filhos na luta pela redução do analfabetismo por meio de organização de salas de aulas, não apenas nos espaços escolares, mas também nas fabricas, nos quarteis militares, em cooperativas agrícolas e nos bairros para a alfabetização de adultos (NGULUVE, 2010: 62).
            A cooperação entre a escola e os pais e encarregados de educação em Angola, é uma relação frágil (problemática e polémica) porque até então essa relação não existiu. Depois da independência, a partir da primeira reforma do sistema educativo (1976 / 2000), com o Plano Nacional de Educação foi instaurada a aproximação da escola com a familia para incentivar a presença desta na escola e a redução do analfabetismo (MENEZES, 2010: 57).
            Participação das famílias no processo de ensino e aprendizagem secundarizada com frequência, principalmente, porque as perspectivas dos professores e dos pais e encarregados de educação na maior parte das vezes, infelizmente, são divergentes. A colaboração entre a escola e a família situa-se quase, exclusivamente, no âmbito da burocracia e não na aprendizagem dos alunos, pelo facto de existirem muitas divergências e dúvidas em relação aos papeis e funções dos actores directamente envolvidos (directores, professores e famílias) (idem).
            Em Angola as possíveis causas da falta de diálogo entre a escola e a família não difere das outras regiões do mundo.
            Não há partilha de poder no sentido de gestão participada na escola (a maior parte das organizações escolares opta pelos modelos burocráticos e centralizados), os encarregados de educação têm uma expectativa em relação à escola problemática que colocam em causa a ética e o profissionalismo dos docentes (corrupção, descriminação dos aluno, etc). Existem factores culturais que influem no relacionamento entre a escola e a família (não há uma cultura de participação em muitos casos há uma diferença entre a cultura das famílias e a das escolas, etc). Muitos directores e professores não aceitam a participação das famílias e consideram que se trata de uma intromissão num campo que não lhes pertence, há problemas de incompatibilidades de horários, falta de meios de transporte enfim, um conjunto de factores que impedem a aproximação da família à escola, criando-se um abismo entre ambas as partes que em nada favorece o processo escolar  (MENEZES, 2010: 59).
            Verificou-se que os professores reconhecem as vantagens do envolvimento da família na escola, mas, na prática nada fazem para garantir que essas parcerias se concretizem. Por outro lado há um traço comum a todos eles (uma postura crítica em relação às famílias), tendo sido possível identificar nas perspectivas dos docentes as seguintes atitudes: (1) Imagem negativa do papel parental (Os professores constituíram a ideia de que os pais e os encarregados de educação não assumem as responsabilidades enquanto educadores). (2) Relutância relativamente a participação dos pais na escola (apesar das críticas que fazem aos pais e encarregados de educação por não participarem na escola, quando isso acontece entendem que há intromissão); (3) Defesa do estatuto profissional (acham que eles são profissionais habilitados e competentes e que os pais e encarregados de educação são amadores) e (4) Preferência pelos pais da classe média (Preferem o dialogo com os pais e encarregados de educação de classe social e culturas semelhantes) (idem).
 Continuando ainda Menezes diz que os contactos entre a escola e a familia são escassos e quando existem, nomeadamente as reuniões com os pais e encarregados de educação e outras envolver as famílias, regra geral, são de fraca qualidade, mal planeadas e sem objectivos pedagógicos traçados. Estas investigações puseram em destaque haver contradição entre as perspetivas dos professores e dos encarregados de educação. Os primeiros ao afirmarem que os pais são desinteressados e estes a queixarem – se porque diziam querer ajudar mas não sabiam como fazê-lo (MENEZES, 2010: 61).
             Em nossa opinião a aprendizagem dos alunos é potenciada e realizada com maior sucesso, quando existe um ambiente de colaboração entre os professores e os encarregados de educação, assim está comprovada a importância do desenvolvimento das famílias no processo de ensino e aprendizagem. A presença dos pais na escola contribui para o rendimento escolar dos alunos.
            No contexto angolano, para a participação da família na escola, foi implementado um órgão que deve servir de elo de ligação entre a família e a escola chamado Comissão de Pais e Encarregados de Educação.
            A Comissão de Pais e Engarregados de Educação é o órgão representativo dos Pais e Encarregados de Educação na escola e constitui a organização de base do núcleo familiar no estabelecimento (ARTIGO 1º DO REGULAMENTO DAS COMISSÕES DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCACÃO, 2011: 2).
           A Comissão de Pais e Encarregaos de Educação tem por finalidade prestar a melor colaboração entre os pais e encarregados de educação,alunos, professores e corpo directivo da respectiva instituição, visando a correcta formação dos seus educandos(idem).            













CAPITULO 2. METODOLOGIA
           
           2.1. Tipos, técnicas e instrumentos de pesquisa.
            A metodologia científica utilizada para o levantamento e análise dos dados contidos no presente estudo, recai na abordagem quantitativa, qualitativa, esudo do caso,  estudo documental, bibliográfico e de observação. Os instrumentos usados foram o questionário e a entrevista. Trabalhou-se com dados estatísticos para obtenção dos resultados.
O estudo do caso constitui um método de investigação utilizado no âmbito das ciências sociais que pressupõe uma apresentação rigorosa de dados empíricos, baseado numa combinação de evidências quantitativas e qualitativas (BARANANO, 2008: 102). E  BERELSON (citado por MARCONI e LAKATOS, 2011: 283), define metodologia quantitativa como a descrição objectiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto da comunicação. E qualitativa porque o pesquisador busca levantar basicamente as opiniões, as crenças, os significados das coisas nas palavras dos participantes da pesquisa (VIEIRA, 2009: 56).
Segundo GIL (2008: 51) estudo documental–consiste na exploração dos fontes documentais, que são em grande número, baseados em documentos primários e secundários. Primários não recebem qualquer tratamento analítico, tais como: documentos oficiais, jornais, etc. Secundários são os documentos já analisados: relatórios de pesquisa, de empresas, etc.
Para este estudo foi utilizado o Regulamento da Comissão de Pais e Encarregados de Educação, fornecido pelo Ministério da Educação. A pertinência do referido documento é de atribuir maior credibilidade ao trabalho e  a obtenção de dados.
Segundo MARCONI e LAKATOS (2010: 166), foi feita a abordagem de toda a bibliografia, já tomada ao público, em relação ao tema em estudo, desde as publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, monografias, teses, material cartográfico, etc.
Este tipo de pesquisa (documental) foi utilizado para fornecer informação na elaboração da fundamentação teórica e da metodologia do trabalho.
Segundo GIL (2008: 100) a observação constitui um elemento fundamental para a pesquisa. Desde a formulação do problema passando pela construção de hipótese, colecta, análise e interpretação dos dados, a observação desempenha um papel imprescindível no processo de pesquisa.
Foi feita a observação ao campo de estudo com a finalidade de identificar vários aspectos relacionados a este como: a situação geográfica da escola, número de funcionários, docentes e não docentes, alunos e a estrutura física da escola.
A entrevista é um encontro entre duas ou mais pessoas a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de um determinado assunto, mediante uma conversa de natureza profissional (GIL, 2012: 180). 
A entrevista consiste no desenvolvimento de precisão, focalização fidedigna e validade de um certo acto social comum à conversação (GOODE e HATT, 1969: 237 citado por MARCONI e LAKATOS, 2011: 279).
 Foi efectuada uma entrevista estruturada ao director geral que continha 12 questões, com a duração de 25  minutos.
O questionário consiste em um conjunto de questões com relação a uma ou mais variáveis a serem medidas (SAMPIERI e COLLADO, 2006:325).  É um instrumento de colecta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito e sem presença do entrevistador (MARCON e LAKATOS, 2010: 184).
            Aplicámos o questionário para os professores, alunos e pais e encarregados de educação. O seu preenchimento iniciou-se pela caracterização dos professores, alunos, pais e encarregados de educação, facilitando-nos na obtenção de informações a cerca do género e da idade dos intervinientes da pesquisa. Após o seu preenchimento, para os professores que leccionam no período da manhã foram levantados três horas depois e para os professores que leccionam no periodo da tarde foram levantados no dia seguinte. Para os alunos, foram levantados 4horas depois. A estratégia usada ao pais e encarregados de educação foi de mandar os enqueritos com os alunos para casa, com o fim de os pais fazerem o seu preenchimento, e todos foram preenchidos e trazidos no dia seguinte.
           
2.2. Caracterização da Amostra.
 A população abrangida pelo nosso  trabalho é constituída da seguinte forma:  Director geral,  professores, pais e encarregados de educação e  alunos. Trabalhamos com uma amostra de 39 interlocutores que foram escolhidos de forma aleatória.
            Segundo MARCONI E LAKATOS(2010:147), amostra é uma parcela convencional selecionada do universo (população), ou seja, é o subconjunto do universo. Amostragem não probabilística é aquela que é feita, mas dependendo do critério do investigador para a sua selecção (idem).
Para os professores e pais e encarregados de educação foi usada a amostra probabilística por serem adultos e responsáveis. Para os alunos foi selecionada a amostra não probabilística, porque são, na sua maioria, menores de idade; por este motivo participaram somente os alunos da 9ª classe.

Tabela nº1[1]. Caracteriza da população e amostra.
Amostra
População
Frequência
%
Director
2
1
3
Professores
44
13
33
Pais e encarregados de educação
1288
10
26
Alunos
2280
15
38
Total
3613
39
100%




Tabela nº 2[2]. Caracterização da Amostra por idade dos professores inqueridos.
Idade
Classe
Frequência
%
25 – 30
2
15,3
31 – 35
2
15,3
36- 40
3
23
41 – 45
5
38,4
46 -50
1
8
Total
13
100%
                                 





No que refere a idade dos professores, constata-se que a faixa etária  varia entre 25 a 50 anos, onde indivíduos de  41 – 45 anos representam 38,4% que são a maioria.





Tabela nº 3[3]. Caracterização da amostra  por género dos professores inqueridos.
Généro
Masculinino
Feminio

Freq.
%
Freq.
%
Total
1
7,6
1
8
15,6
1
7,6
1
8
15,6
-
-
3
23
23
1
7,6
4
31
39
1
7,6
-
-
7,6
4
30%
9
70%
100%

Quanto ao género: 30% dos professores são do género masculino e 70% são do género feminino que na maior parte são donas de casa e têm uma responsabilidade a dobrar.


Tabela nº 4[4] Caracterização da amostra das habilitações literárias dos professores inqueridos.
Habilitações Literárias
Nível Académico
Frequência
%
Técnico Médio
8
62
Bacharel
4
30
Licenciado
1
8
Total
13
100%






No que concerne ao nível académico, 62% dos professores são técnicos médios, 30% são bacharéis e 8% são licenciados.






 Tabela nº 5[5]. Caracterização da Amostra  do tempo de serviço dos professores inqueridos.
            Tempo de serviço
Ano
Frequência
%
6 à 10
4
31
11 à 15
3
23
16  à 20
5
38
21 à 25
1
8
Total
13
100%

Quanto ao tempo de serviço 31% dos professores iqueridos têm de 6 – 10 anos de serviço, 23% têm de 11 – 15 anos de serviço, 38% têm de 16 – 20 anos de serviço que representam a maioria. Este grupo de professores têm o maior tempo de serviço o que significa que a escola tem uma grande força motriz e com experiência de trabalho para oriententar os professores com menos tempo de serviço. E por fim 8% têm de 21 – 25 que  um total de 100%.


 Tabela nº6[6]. Caracterização da amostra por idade dos pais e encarregados de educação inqueridos.
Idade
Freq.
%
20-25
1
10
26-30
3
30
31-35
1
10
36-40
2
20
41-45
1
10
46-51
1
10
51-56


57-61
1
10
Total
10
100%
                100% dos pais e encarregados de educação inqueridos têm a idade compreendida entre os 20-57 anos, sendo que 30% estão na faixa etária dos 26 – 30 anos o que indica que a maior parte dos pais são jovens;  20% estão na faixa dos 36-40 anos, por último, 10% representa a menoria.






Tabela nº 7  Caracterização da amostra em género dos pais e encarregados de educação.
Género

Masculino

Feminino

Freq.
%
Freq.
%


1
10


3
30
1
10


1
10
1
10
1
10


1
10
1
10
           



Quanto ao género: 40% dos pais e encarregados de educação inqueridos são do género masculinos e 60% são género femininos (algumas são donas de casa e conciliam o seu trabalho com o acompanhamento escolar dos filhos), com uma percentagem de 100% no total.
Tabela nº 8[7]. Caracterização da amostra das habilitações literárias dos pais e encarregados de educação inqueridos.
Habilitações Literárias
Nível Académico

Freq.
%
Ensino de Base

1
10
Técnico Médio

6
60
Bacharel

1
10
Licenciado

2
20
Total

10
100%
            Nível académico: 10% dos encarregados têm o ensino de base, 60% são técnicos médios, 10% são bacharéis  e 20% são licenciados, num total de 100%.

Gráfico nº 9  Caracterização da amostra das profissões dos pais e encarregados de educação inqueridos.
Profissões
Tipos de profissões

Freq.
%
Pintores

2
20
Educadora de Infância

1
10
Ferreiro

1
10
Enfermeira

1
10
Secretária

1
10
Gestores

1
10
Professores

3
30
Total

10
100%
           




Os pais e encarregados de educação têm como profissão: 20% são pintores, 10% são educadores de infância,10% são ferreiros, 10% são gestores e 30% são professores. 
            Na nossa opinião, os pais e encarregados de educação que têm como profissão “professor” têm uma grande influência no acompanhamento de seus educandos na escola porque estes têm conhecimentos de pedagogia, o que lhes permite melhorar a relação da família com a escola.

Tabela nº 10[8]Caracterização da amostra por idade dos alunos inqueridos.
Idade
Idade
Freq.
%
Classse
11 à 15
10
67
16 à 20
5
33
Total
15
100


No que se refere a idade dos alunos inqueridos, 67% estão na faixa etária dos 11-15 anso e 33% estão na faixa etária dos 16-20 anos.



Tabela nº 11 Caracterização da amostra por género dos alunos inqueridos.
Género
Masculino

Feminino

Classe
Freq.
%
Freq.
%

4
27
6
40
2
13
3
20

Quanto ao género, 40% são do género masculino e 60% são do género feminino, que fazem o total de 100% todos da 9ª classe.
 Na nossa opinião, todos os alunos, de uma forma geral, necessitam do acompanhamento dos pais e encarregados de educação porque melhora o rendimento escolar do aluno, o processo de ensino e aprendizagem e também prepara-os para a sua inserção na sociedade.

2.3. Caraterização do campo de estudo[9]
Neste item, pretende-se identificar vários aspectos relacionados com o campo de  estudo como: situação geográfica da escola, número de docentes, de alunos, de pais e encarregados de educação, estrutura física e a data da inaugoração da escola. Fica situada, no Municipio de Belas, Comuna de Camama, onde a Norte encontra-se a Cidade Universitaria, à Sul o Condominio Jardin do Éden, à Oeste o Hospital Geral de Luanda e à Este a Centralidade do Kilamba. A escola foi inaugurada em 22 de Janeiro de 2010. Quanto à estrutura física, a escola  dispõe de 15 salas de aulas, 8 WC, Gabinete do Director Geral, Gabinete do Subdirector Pedagógico, Gabinete do Subdirector Administrativo, Secretaria, Cantina, Campo desportivo, jardim, Guarita e pátio. A escola funciona em dois turnos: um no período da manhã com o ensino primário e outro no período da tarde com o primeiro Ciclo do ensino secundário.
A mesma escola tem Director geral, 1 subdirector administrativo, 44 professores, 2880 alunos, 6 guardas e 6 funcionárias de limpeza. Tem luz electrica e água canalizada e todas as condições para um bom funcionamento.
A escola está localizada dentro de uma comunidade de boa convivência e maioritariamente trabalhadora, que leva  uma vida dinâmica atendendo as exigências que a mesma lhes impõem. De nível social médio,é constituída por funcionários públicos, privados e outros trabalham por conta própria.
Possui infra-estruturas como Bancos, Super Mercados, TPA, alguns mercados informais pequenos, que oference oportunidade de trabalho, para todos os seus membros e não só. Existem apenas quatro escolas públicas na comunidade, fazendo com que haja uma grande demanda na população estudantil.










CAPITULO 3. ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO DE DADOS

                3.1. A Relação entre a escola e a família no processo de ensino e aprendizagem.

            Tabela nº 12[10]. Relação entre a escola e a família no processo de  ensino e aprendizagem.
Boa
       
Regular
Total
Freq.
%
Freq.
%
Freq.
%

5
38,4
2
15,3
6
46,3
100%

46,3% dos professores disseram que a relação escola-família é regular, porque os encarregados de educação não têm colaborado a cem por centos nas actividades dos seus educandos, e a maior parte só vai à escola quando é convocada; analizando o quadro vemos claramente que obtivemos uma boa colaboração ao responderem os inqueridos. 38,4 dos professores dizem que a relação escola-família é boa, porque tem havido uma comunicação aberta, e os pais têm sido prestáveis nas suas informações relacionados aos seus filhos. Há um espírito de ajuda. Portanto existe um  dinamismo no processo de ensino e aprendizagem. 15,3% dos professores alegam haver má relação, porque os pais e encarregados de educação não aparecem na escola e há falta de diálogo.
A Directora geral da escola do ensino primário e do Iº Ciclo do ensino secundário 2003, relatou que, “a relação escola-família é razoável porque sempre que convocamos os encarregados, não aparecem todos. A escola está sempre disponível para a família, a relação é bem vinda porque facilita o processo de ensino e aprendizagem. O professor não pode fazer tudo, o bom pai é aquele que se preocupa com questões académicas do filho”.
Na nossa opinião, a relação escola-familia deve ser fundamental, porque é através do intercâmbio de experiências, que o encarregado poderá ajudar o educando nas suas debilidades. A relação escola-família  deve ser cultivada para se tirar dela o maior proveito na aprendizagem do aluno.

3.2.  Acompanhamento e visitas de encarregados de educação à escola.

Tabela nº13[11]. Acompanhamento da família no rendimento escolar do educando.
Sim

Não

As vezes

Total
Freq
%
Freq.
%
Freq.
%

2
15
0
0
11
8500%
100
Segundo os dados estatísticos da tabela, constatamos que 85% dos professores inqueridos disseram que os pais e encarregados de educação têm acompanhado os filhos no seu rendimento escolar às vezes, porque não há muita disponibilidade por parte dos encarregados de educação. Normalmente, algumas famílias aparecem no final do trimestre para assinarem os boletins de nota e as cadernetas. Nem todos os encarregados estão interessados no rendimento do seu filho.15% dos professores disseram que os pais têm acompanhado os filhos no seu rendimento escolar, porque as visitas à escola devem ser feitas regularmente para o melhor acompanhamento ao comportamento e aproveitamento escolar do aluno.
Sengundo a directora  “ há pais que não acompanham os seus filhos e as crianças precisam de alguém para lhes orientar, é necessário que o encarregado esteja em primeiro lugar e em segundo lugar a escola. A família é o elo de ligação com a escola, a mesma não pode trabalhar isoladamente, deve haver um intercâmbio mútuo”.
Na nossa opinião, o acompanhamento de visitas dos pais e encarregados de educação é muito importante, porque é nas reuniões onde a família fica a saber do rendimento e comportamento do educando, onde a família deseja saber e entender o aproveitamento académico dos mesmos, visto que a escola tem-lhes apresentado algumas preocupações em relação aos resultados. Sabe-se que a família é a célula primaria para educação em diversas vertentes, também responsável para lapidação dos hábitos e habilidades trazidas pelos alunos. Daí a importância das reuniões trimestrais, onde deve-se abordar questões e situações vividas nas duas instituições. Existem pais que nunca compareceram na escola, alegando que não têm tempo de participar nas reuniões por motivos religiosos, de trabalho e outros; também há pais separados.
Tabela nº14[12]. Reuniões e encontros que a direcção convoca aos pais e encarregados de educação.



Sim

Não

As vezes

Total

Freq
%
Freq
%
Freq
%
6
60%
0
0
4
40%
100
60% dos pais e encarregados de educação disse que tem participado às reuniões e encontros que a direcção da escola convoca, porque os pais preocupam-se com os seus educandos e com as actividades escolares dos mesmos. Ainda, os pais disseram que a direcção necessita do seu contributo às reuniões.Por issso, ficam a saber do comportamento e desenvolvimento dos seus educandos. Finalmente para poder ajudar o desenvolvimento da escola e dos seus filhos, tendo em conta que têm uma responsabilidade com eles, não deixando só com a escola. 40% dos pais e encarregados de educação disse que tem participado às reuniões ou encontros que a direcção da escola convoca, às vezes, por falta de disponibilidade, razões de trabalho, os filhos transmitem muito tarde a convocatória. Existem encarregados que não comparecem às reuniões, mais mandam outros membros da família.
Segundo a directora “a escola reúne com os pais três vezes ao ano, e as reuniões têm uma agenda de trabalhos, onde abordam alguns pontos, tais como comportamento e aproveitamento dos alunos”.
3.3. Participação dos pais na escola.
Tabela nº15[13]. O papel dos pais e encarregados de educação na participação das actividades da escola.
             Bom

             Mau

           Razoável

Total
Freq
%
Freq
%
Freq
%

5
50
0
0
5
50
100%

50% dos pais e encarregados de educação disse que a sua participação é boa porque dão o seu apoio, a fim de que as actividades da escola ocorram da melhor maneira. O papel de um pai é de educar o seu filho, e esse tipo de actividade é bom para o desenvolvimento da relação de pai para filho,para o bem da escola, dos alunos e do ensino.
50% dos pais e encarregados de educação disse que o seu papel na participação das actividades da escola é razoável porque vários pais e encarregados de educação não participam e nem se preocupam com as actividades da escola. Segundo o pronunciamento do inquerito nº 7 dos pais e encarregados de educação “nem sempre há tempo para uma participação mais activa por estar ocupado com outras actividades de maior responsabilidade”.
Segundo a directora da escola nº 2003, “a participação da família na escola não possibilita a cooperação de ambas as instituições, porque ela só coopera na limpeza da escola, não coopera para a melhoria da higiene corporal e no aproveitamento escolar dos educandos. As actividades desenvolvidas pelos encarregados de educação têm beneficiado a escola e os alunos em pequena escala. É pena que a comissão de pais não funciona e impossibilita essa relação”.
Na nossa opinião o modelo de participação parcial apresentado pelo Paterman é o que se adecua à escola 2003 na medida explica melhor a participação dos pais e encarregados de educação na escola, pois estes emitem as suas opiniões as quais influênciam na tomada de decisões. As decisões são formalmente tomadas pela escola.

3.4. Condições sociais como factor que influencia no relacionamento entre a escola e a família.
Tabela nº16[14]. Condições sociais como factor que influência no relacionamento entre a escola e a família.




Sim

Não

Total

Freq

%

Freq

%

4
40%
6
60%
100

40% dos pais e encarregados disse que a falta de condições sociais adequadas é um factor que influencia no relacionamento entre a escola e a família porque a escola e a família possuem um conjunto de normas, regras e valores.
60% dos pais e encarregados de educação disseram que  a  falta de condições sociais adequadas é factor que não influência no relacionamento entre a escola e a familia, porque Deus nunca permite que isso aconteça, as condições sociais não adequadas não pode terminar a relação entre a escola e a família.
Na nossa opinião a falta de condições sociais como: alimentação, vestuário, material escolar, etc. são factores que não devem influênciar negativamente no relacionamento da família com a escola.

3.5. Acesso dos alunos às reuniões que a escola realiza.

Tabela nº 17[15]. Acesso dos alunos às reuniões que a escola realiza.



Sim

Não

As vezes

Total
Freq
%
Freq
%
Freq
%

100
3
20
10
67
2
13
                   
20% dos alunos disse que tem acesso às reuniões que a escola tem feito com  a família.
67% dos alunos disse que não tem acesso às reuniões que a escola tem feito com a família porque é um dia em que os professores falam do seu comportamento para os pais. Segundo o pronunciamento do inquerito nº 3 dos alunos  “assim que eles chagam em casa nós perguntamos e ficamos a saber o que se abordou na reunião”. Ainda outros alunos disseram que “ a reunião é marcada somente para os encarregados de educação, alguns encarregados não gostam que os filhos os acompanham às reuniões. Normalmente não permitem, só se vier com o próprio encarregado”.
13% dos alunos disse que tem acesso às reuniões que a escola tem feito com as famílias, às vezes, porque temos de ir às reuniões para ouvir que a directora ou o professor querem nos transmitir.

                              Tabela nº18[16].  Encontro dos pais com os professores.
Alíneas
Freq
%
a) Vêem à escola?
9
60
b) Mandam bilhetes?
2
13
c) Contacto telefónico?
4
27
Total

100

            60% dos alunos disse que os pais vêm à escola porque vindo à escola é a maneira de estar mais informado sobre o filho, é mais prático os pais irem à escola saberem dos filhos e conhecerem os professores. O encarregado de educação deve contactar o professor para saber das notas e do comportamento e saber se o seu filho é aplicado nos estudos.
            13% dos alunos disse que os pais mandam bilhete, porque não têm tempo suficiente de irem à escola, trabalham de segunda-feira à sexta-feira, e sábado dizem que estão cansados.
            27% dos alunos disse que os pais contactam o professor por telefone porque têm tido pouco tempo para ir à escola, o meio mais rápido é ligando. Eles acham que é o melhor método e o mais rápido. Segundo o pronunciamento do inquerito nº 1 dos alunos é importante que os  pais acompanhem o desenvolvimento dos filhos dentro da escola como o fazem dentro da família.  Alguns alunos disseram que os pais não os acompanham à escola para saberem das suas notas e do seu comportamento porque eles trabalham e saem tarde do trabalho, são muito ocupados e não têm tempo, ou então estão cansados.

3.6. Influência da relação entre a escola e a família no processo de ensino e aprendizagem.
Tabela nº19[17]: Influência da relação entre a escola e a família no processo de ensino e aprendizagem.
Sim

Não

As vezes

Total
Freq.
%
Freq.
%
Freq.
%

1
6
4
27
10
67
100

6% dos alunos disseram que os pais e encarregados de educação ajudam nas tarefas que a escola manda para casa. Segundo o pronunciamento do inquérito nº2 dos aluno “os meus pais ajudam nas tarefas para que eu tenha boas notas. 27% dos  disseram que os pais não ajudam nas tarefas que a escola manda para casa. Alguns pronunciamentos do inquérito dos alunos:
- os meus pais não têm tempo para me ajudar nas tarefas diárias porque chegam muito tarde do trabalho.
- Alguns alunos disseram que não precisam da ajuda dos pais para fazerem as tarefas.
67% dos alunos disseram que os pais ajudam nas tarefas que a escola manda para casa, às vezes, porque nem sempre têm tempo, ajudam quando estão desocupados, eles não têm tempo todos os dias; outros disseram que nem sempre pedem ajuda aos pais. Segundo a Directora geral, “o fraco desempenho ou ausência dos pais e encarrega-dos de educação afecta no rendimento escolar dos alunos porque ,em alguns casos, o aluno apresenta um baixo rendimento escolar por alguns motivos como fome, doenças e outros problemas que o professor desconhece; é necessária a presença dos pais na escola para da-rem a conhecer ao professor”.

3.7. Opinião de alguns professores sobre a importância da cooperação entre a família e a escola no processo de ensino e aprendizagem
            Segundo os pronunciamentos do inquérito nº 6, dos professores, temos o seguinte registo:
         - A cooperação entre a família e a escola é muito importante, porque afamília ajuda na resolução das dificuldades do aluno através do diálogo;
         - A família, que coopera com a escola, consegue fazer o acompanhamento do seu educando no processo de ensino e aprendizagem;
         - Esta cooperação entre a família e aescola, no processo de ensino e aprendizagem, faz com que o grau de rendimento cresça;
        - Os alunos, cujas fmílias visitam a escola, têm o melhor rendimento escolar em relação aos alunos cujas famílias, difilmente, visitam a escola;
        - A importância da cooperação, entre a família e a escola, é para ambas as instituições seguirem de perto a aprendizagem dos alunos;
         - A cooperação entre a famíllia e a escola é importante porque, através desta, podemos ajudar o educando nas suas actividades escolares;
         - A importância dessa cooperação é de acompanhar os filhos na sua trajectória educacional;
         - A  cooperação é importante porque motiva a acção de aprendizagem do aluno e aumenta a responsabilidade do professor.
          Segundo a Directora geral “a  cooperação entre a família e aescola facilita e melhora o processo de ensino e aprendizagem; a relação é bem vinda”.












CONCLUSÃO

            A abordagem científica  sobre a problemática da relação entre a família e a escola no processo de ensino e aprendizagem, referente ao estudo em causa, foi realizada no período de Julho-Agosto de 2013, na Escola Primária e do Iº Ciclo do Ensino Secundário nº 2003, localizada na comuna do Camama em Luanda. Este trabalho tem como objectivo compreender a relação entre a escola e a família e os problemas que afectam essa relação para garantir a eficácia do processo de ensino e aprendizagem. Foram as opiniões dos elementos que constituíram amostra da população em alvo e estabelecer a comparação com os fundamentos científicos de vários autores, através de dados obtidos pelo questionário e entrevista,  tratados e analizados conforme a descrição teórica deste estudo.
            Os resultados obtidos na análise e interpretação de dados indicam que a relação entre a escola e a família é razoável. Porque os pais e encarregados de educação, na sua maioria, não compreendem os benefícios que a relação traz para a eficácia do processo de ensino e aprendizagem.
            Assim, o resultado dos dados obtidos não confirmam a primeira hipótese do tema em estudo “a falta de abertura da escola para a familia faz com que esta se sinta marginalizada, isto é, a família não participa”, pecebe-se que a escola está aberta para a família a partir de reuniões, encontros para limpeza da escola e assinaturas de boletins.
            Em relação a segunda hipótese “ o baixo nível de formação académica de algumas famílias faz com que haja pouca compreensão da linguagem da escola dificultando a sua participação”,  não foi confirmada. Existe uma relatividade em alguns casos, os pais e encarregados de educação com alto nível de formação académica não participam na escola alegando falta de disponibilidade.
            A terceira hipótese  não foi confirmada “as condições sociais, tais como a pobreza, constituem um factor que impossibilita a participação da família na escola”. Os factores sociais não influenciam a participação da família na escola.
            Chegou-se à conclusão de que a melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem não depende apenas do professor nem da escola, mas da união da escola com a família.
DIFICULDADES ENCONTRADAS.

O presente estudo apresenta limitações à medida em que começou a ser elaborado em tão pouco tempo, aí num espaço de dois meses antes das provas dos exames de 2012. Não foi possível colher mais dados, porque o tempo foi insuficiente.
Quanto ao questionário, só conseguimos trabalhar  de verdade, quando mudamos de orientador.
Quanto às dificuldades encontradas durante a realização do trabalho, pode-se indicar algumas como:
- Dificuldade de se encontrar bibliografia concernente ao tema em estudo;
- Complexidade dos pais e dos alunos em responderem as questões;
- Dificuldade na execução do trabalho;
- Foi dificil a elaboração deste trabalho por ser a primeira experiência na área de investigação científica.
Com todos os imprevistos citados, anteriormente, neste trabalho cometeu-se possíveis lacunas que poderão ser superadas num próximo estudo.






SUGESTÕES

            Todo trabalho científico  exige uma contínua e sistemática pesquisa.
            - Na nossa opinião a escola e a família devem desempenhar um papel   crucial na participação e tomada de decisões relativas as actividades com a escola, influenciando a problemática do processo de ensino e aprendizagem dos educandos.
            - Deve haver maior impacto no processo de ensino e aprendizagem dos educandos, para uma boa ligação escola, família e comunidade.
            - A escola deve dar oportunidade dos pais participarem na tomada das decisões dentro da instituição, ser mais inclusíva possível, democrática e uma gestão mais participativa.
            - Para que haja eficácia no processo de ensino e aprendizagem na escola nº 2003, somos de opinão que os pais devem participar na tomada de decisões da escola.
           










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[1] Elaborada pelas autoras, com dados estatísticos da escola nº 2003.
[2] Idem.
[3] Idem.
[4] Idem.
[5] Idem.
[6] Idem.
[7] Idem.
[8] Elaborado pelas autoras com dados estatísticos da escola nº 2003.
[9] Dados da escola nº 2003.
[10] Elaborado pelas autoras com dados estatísticos da escola nº 2003.
[11] Ibidem.
[12] Ibidem.
[13] Idem.
[14] Idem.
[15] Idem.
[16] Idem.
[17] Idem.