Introdução
África é transformada sob as
pressões internas e externas. Fome e doença, bem como os conflitos
territoriais, tais como o Mfecane, causar alterações distintas na sociedade Africano.
A abolição do tráfico de escravos, imposta pela força dos interesses
europeus na África pela Grã-Bretanha, bem como as disputas europeia para
África deixará culturas tradicionais fracturado.
Não obstante o nosso continente tiver
atravessado durante seculos varias fases da sua história, evidente que a
história de um povo não se faz de um dia para outro, quanto mais de diversos
povos que constituem um continente.
Este tema têm o objectivo de retratar
apenas alguns aspectos mais marcantes a vida dos povos de africa durante as
ultimas décadas do período pós colonização. O seu posicionamento no período da
guerra fria, as causas fundamentais de conflitos, e suas consequências face ao
desenvolvimento politica económica do continente.
A colonização da África
A colonização da África encontra-se
documentada desde que os fenícios começaram a
estabelecer colónias na
costa africana do Mediterrâneo, por volta do século X a.C. Seguiram-se os gregos a partir do século VIII a.C.,
os romanos no século II a.C., os vândalos, que tomaram algumas colónias
romanas já no século V da nossa
era, seguidos pelo império bizantino,
no século seguinte, os árabes, no século VII e, finalmente, os estados
modernos da Europa, a partir do século XIV.
Pode dizer-se que a colonização recente
da África iniciou-se com os descobrimentos e com a ocupação
das Ilhas Canárias
pelos portugueses, no princípio do século XIV.
O processo de ocupação territorial,
exploração económica e domínio político do continente africano por
potências europeias tem início no século XV e estende-se até a metade
do século XX. Ligada à expansão marítima
europeia, a primeira fase do colonialismo africano surge da necessidade de
encontrar rotas alternativas para o Oriente e novos mercados produtores e
consumidores.
No século XIV, exploradores europeus
chegaram a África. Através de trocas com alguns chefes locais, os europeus
foram capazes de capturar milhões de africanos e de os exportar para vários
pontos do mundo naquilo que ficou conhecido como a escravidão.
No princípio do século XIX, com a expansão do capitalismo industrial, começa
o neocolonialismo no
continente africano. As potências europeias desenvolveram uma "corrida à
África" massiva e ocuparam a maior parte do continente, criando muitas colónias.
Entre outras características, é marcado pelo aparecimento de novas potências
concorrentes, como a Alemanha, a Bélgica e a Itália.
A partir de 1880, a competição entre as metrópoles pelo domínio dos
territórios africanos intensifica-se. A partilha da África tem
início, de fato, com a Conferência de
Berlim (1884), que institui normas para a
ocupação, onde as potências coloniais negociaram a divisão da África,
propuseram para não invadirem áreas ocupadas por outras potências. Os únicos
países africanos que não foram colónias foram a Etiópia (que apenas foi brevemente
invadida pela Itália, durante a Segunda Guerra
Mundial) e a Libéria, que tinha
sido recentemente formada por escravos libertos dos Estados Unidos da América.
No início da Primeira Guerra
Mundial, 90% das terras já estavam sob domínio da Europa. A partilha
é feita de maneira arbitrária, não respeitando as características étnicas e
culturais de cada povo, o que contribui para muitos dos conflitos actuais no
continente africano, tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas foram
unidas. No fim do século XIX, início do XX, muitos países europeus foram até a
África em busca das riquezas presentes no continente. Esses países dominaram as
regiões de seu interesse e entraram em acordo para dividir o continente. Porém
os europeus não cuidaram com a divisão correcta das tribos africanas, gerando
assim muitas guerras internas. Os seguintes países dividiram a África e
"formaram" países africanos existentes ainda hoje.
A descolonização da África
A ocupação da África pelas potências europeias
prosseguiu até depois do final da Segunda Guerra
Mundial, quando as colónias começaram a obter a independência, num processo que se
chamou descolonização.
Com excepção do Egipto, que tinha proclamado
unilateralmente a sua independência em 1922, e da África do Sul, que se tinha tornado
autónoma em 1910, na forma de domínio do Império Britânico,
os restantes territórios africanos começaram a obter a independência a partir
da década de 1950 e,
principalmente, a partir da Conferência de
Bandung, em 1958, em que participaram os quatro países africanos
independentes nessa data. A descolonização não foi pacífica, embora nem sempre
fosse forçada através de guerras de
libertação, como foi o caso das colónias portuguesas e da Argélia; as potências coloniais tentaram
manter o seu domínio através do seu apoio a políticos amigos ou através de
vínculos entre os territórios semi-autónomos e a Europa.
Os últimos países africanos a
alcançarem a independência, já na década de 1990, foram a Namíbia e a Eritreia, que tinham ficado sob
administração, respectivamente da África do Sul e da Etiópia, ao abrigo de uma antiga tutela
da Sociedade das
Nações. No entanto, ainda subsistem vários territórios de África
ocupados por países europeus, como as possessões
espanholas em Marrocos e as
ilhas de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha, administradas
pelo Reino Unido. Outros territórios, como as
ilhas Reunião e Mayotte, decidiram por referendo popular
manter-se parte da República Francesa.
África cultura e continuidade histórica
A grande maioria das populações
africanas empregadas como mão-de-obra escrava no empreendimento colonial
americano foi trazida de regiões da África Subsaariana. Compreendendo uma
extensão que vai do Senegal até a Angola, diversas populações subsaarianas, pertencentes
ao tronco linguístico banto, se fixaram ao longo das regiões de savana formando
diferentes culturas. As aldeias ali formadas surgiam em terrenos onde a caça e
a agricultura se mostravam mais viáveis.
Esse tempo em que as aldeias se
formaram foi marcado por diferentes deslocamentos populacionais motivados por
conflitos tribais, desastres naturais ou crescimento demográfico. Ao longo de
sua história, diversas tribos passaram a entrar em contacto e, posteriormente,
formaram pequenos Estados. Essa primeira experiência política mais complexa
possibilitou o desenvolvimento de um articulado comércio de géneros
agropecuárias.
As condições hostis dessa região
acabaram sendo propulsoras de uma série de práticas que marcaram os costumes
destes povos africanos. As doenças e intempéries climáticas faziam com que a
capacidade de manter uma prole extensa fosse extremamente valorizada. A
virilidade sexual era compreendida como um dado que distinguia socialmente os
indivíduos. A título de exemplo, observa-se a grande recorrência de esculturas
representando a figura de mulheres grávidas.
De forma geral, a economia se
organizava em torno da posse colectiva das terras. Um chefe tribal ordenava a
distribuição de lotes de terra mediante o pagamento de uma determinada
tributação. A divisão de tarefas no trabalho agrícola contava com a
participação de homens e mulheres. As famílias agregavam uma ampla extensão de
indivíduos que englobava filhos, esposas, parentes mais pobres, agregados e
escravos. A prática da escravidão nessas culturas contava com uma complexa
organização.
Os escravos mais prestigiados eram utilizados para os combates militares entre
as tribos rivais. Outra parcela de escravos trabalhava junto aos camponeses e
acabavam sendo incorporados ao ambiente familiar. Alguns escravos chegavam a
desfrutar de alguns privilégios e poderiam até mesmo ter algum tipo de posse. A
inserção social de escravo só não acontecia na livre escolha de uma esposa ou
na participação das questões políticas.
As práticas religiosas destas tribos
africanas contavam com uma grande variabilidade de crenças. Um exemplo dessa
questão pode ser claramente observado nas concepções que regiam a relação dos
indivíduos com a natureza. Em algumas culturas, as manifestações naturais eram
temidas e vistas como uma consequência directa do comportamento dos deuses.
Dessa forma, diversos rituais eram desenvolvidos com o propósito de apascentar
tais forças. Em outras culturas, animais eram compreendidos como representantes
de determinadas virtudes e características.
A partir do processo de expansão
marítima empreendido pelas nações europeias e o desenvolvimento do tráfico
negreiro, diversas dessas culturas foram profundamente transformadas. No
ambiente colonial, várias das tradições foram reinterpretadas à luz das demais
culturas que conviviam no continente americano. Contudo, as poucas
características aqui levantadas sobre as culturas africanas, demonstram a
existência de todo um modo de vida rico e diverso, estabelecido antes do
contacto com o “europeu civilizado”.
Os escravos mais prestigiados eram utilizados para os combates militares entre as tribos rivais. Outra parcela de escravos trabalhava junto aos camponeses e acabavam sendo incorporados ao ambiente familiar. Alguns escravos chegavam a desfrutar de alguns privilégios e poderiam até mesmo ter algum tipo de posse. A inserção social de escravo só não acontecia na livre escolha de uma esposa ou na participação das questões políticas.
A
situação política no continente africano
No continente africano, a política das
potências colonizadoras teve por base a transferência de funções
administrativas para pessoas da própria região. Essas pessoas recebiam educação
formal na Europa, onde entravam em contacto com diversas correntes de
pensamento político e filosófico. Surgiram, então, as elites coloniais que
assumiram posições nacionalistas e desenvolveram um discurso de oposição as
metrópoles.
O impacto da Segunda Guerra
Mundial foi devastador, porque provocou uma reviravolta nas relações entre
nações colonizadoras e povos dominados.
A exemplo da Ásia, a participação das colónias
no conflito mundial valorizou ainda o sentimento de identidade nacional. Por
outro lado, com o término da guerra, tanto a URSS quanto os EUA passaram a
apoiar os movimentos de emancipação, na realidade estas nações queriam ampliar
suas áreas de influência.
A colonização deixou marcas
profundas no território e na população africana, cuja cultura foi agredida e
modificada. A organização social foi destruída sem que as populações afectadas
pudessem entender o modo de vida dos povos invasores.
A divisão do território foi feita
segundo os interesses das potências colonizadoras que não respeitavam as diferenças
étnicas, pois colocavam povos inimigos em um mesmo território. A ideologia da
superioridade dos povos europeus serviu para criar em algumas regiões africanas
rígidas e odiosa segregação racial.
O processo de descolonização foi
mais acelerado no norte da África. Entre 1951 e 1956, tornaram-se independentes
a Líbia, o Egipto, o Sudão, o Marrocos e a Tunísia.
Continuidade sistemática
Em geral, as expectativas de que a
África poderia alcançar uma melhoria das condições de vida dos grupos sociais mais
desfavorecidos através da cooperação internacional não têm se concretizado.
“Tal como vem funcionando, a cooperação com a África cria mais problemas às
sociedades africanas do que aqueles que pretende supostamente resolver. Os
resultados até agora alcançados da cooperação sugerem que o ‘desenvolvimento'
induzido por essa via tem sido um instrumento para a subalternização de
sociedades, contribuindo para o seu colapso”.
Em uma entrevista concedida em 2005 à
revista alemã Der Spiegel o
especialista em economia James Shikwati, do
Quénia, aponta que a Aids talvez seja o maior negócio da África. “Não há nada
capaz de gerar tanto dinheiro de ajuda quanto números chocantes sobre a Aids.
Ela é uma doença política aqui”, afirma. Para ele a ajuda internacional à
África é mais prejudicial que benéfica, uma vez que alimenta a corrupção e
impede que a economia local se desenvolva, gerando mais miséria e mais dependência.
“Burocracias enormes são financiadas (com o dinheiro da ajuda), a corrupção e a
complacência são promovidas, os africanos aprendem a ser mendigos, e não
independentes. Além disso, a ajuda ao desenvolvimento enfraquece os mercados
locais em toda parte e mina o espírito empreendedor de que tanto precisamos”,
elenca.
Além da vertente assistencialista das
relações pós-coloniais em relação à Aids, caracterizada pela “ajuda” aos países
africanos, existe também a vertente considerada exploratória, cuja principal
protagonista é a indústria farmacêutica. Muitas pesquisas que visam o
desenvolvimento de novas drogas de combate à Aids são realizadas na África sem
seguir os preceitos éticos das pesquisas em seres humanos e a despeito da
segurança dos pacientes.
No artigo As vítimas da Big Pharma publicado no jornal francês Le Monde Diplomatique, Jean-Philippe
Chippaux, médico e director de pesquisa do Instituto de Pesquisa para o
Desenvolvimento (IRD), de Dacar, elenca alguns problemas éticos suscitados
pelas pesquisas em questão: ausência de consentimento dos sujeitos, informação
sumária, controle terapêutico insuficiente, benefício imperceptível para o
doente ou para a população.
Segundo ele, no continente africano, os
custos dos laboratórios são até cinco vezes menores do que nos países
desenvolvidos. Além disso, as condições epidemiológicas na África se revelam
constantemente mais propícias à realização de testes: frequência elevada de
doenças, sobretudo infecciosas, e existência de sintomas não atenuados por
tratamentos reiterados e intensivos. “Enfim, o carácter dócil dos pacientes, em
grande miséria, dada à pobreza das estruturas sanitárias locais, facilita as
operações”.
Ruptura
A África não conseguiu superar o legado
colonial e trilhar caminhos independentes. Milando destaca que, como relação
política, o colonialismo pode ter sido erradicado, mas como relação social,
manteve-se, alimentado pelas elites que ocuparam os espaços de poder numa
relação considerada exploradora e parasitária. “Continuaram ou agravaram-se, em
certos casos, a negação das diversidades, a monocultura dos saberes, a violação
dos direitos humanos, a opressão, as ditaduras, as repressões e as
discriminações. É por esta razão que em alguns grupos sociais africanos se fala
da necessidade de uma ‘segunda libertação', isto é, da libertação das
sociedades em relação à uma ‘colonização interna' a que estão actualmente
sujeitas”, conta Milando.
A relação com as ex-metrópoles também
assegura a dependência e exploração dos países subdesenvolvidos pelos
desenvolvidos, numa relação de troca desigual. “A proclamação da independência
nacional apenas pôs fim a um tipo de relações, mas não anulou a relação, a
inter-relação, a intimidade. O que aconteceu naquele momento foi que nasceu um
novo tipo de relação, em função de novas necessidades de uns e de outros”,
resume o sociólogo angolano Almeida.
Por outro lado, não devem ser
desconsideradas as mudanças ocorridas depois das independências. Segundo Dopcke,
em todos os países, africanizaram-se rapidamente o Estado e o serviço público.
“A Nigéria, por exemplo, transformou-se de uma colónia clássica
agro-exportadora, teoricamente mais igualitária, na qual a massa de camponeses
socialmente nem tanto diferenciada produziu as riquezas exploráveis, em um país
independente exportador de petróleo, com um dos maiores índices de diferença
social do mundo e uma elite 'cleptocrática' explorando as riquezas em benefício
próprio”, aponta.
Na década de 1960, ainda com muita
esperança e optimismo, vários Estados reflectiram criticamente sobre a inserção
africana na divisão internacional de trabalho como fornecedora de matéria
prima. A tentativa de reverter esse legado colonial, através de uma política de
industrialização e desenvolvimento agrário integrado, dirigida e implementada
pelo Estado, entretanto, falhou, tanto por razões externas (crise de petróleo e
endividamento), quanto internas.
Para Docke, ainda que existissem opções
e alternativas a partir do momento da descolonização, elas eram bastante
limitadas. “Não somente o legado colonial, mas também as novas influências
internacionais, que em boa parte fortaleceram as continuidades com a época
colonial, os discursos hegemónicos sobre o Estado, sobre desenvolvimento e
industrialização e as preferências das grandes potências na Guerra Fria,
formaram um conjunto de influências do qual a África dificilmente conseguiu
escapar”, enfatiza.
Todos os modelos de desenvolvimento
defendidos até agora, tanto pelas elites africanas quanto pela “comunidade”
internacional interessada, fracassaram, uma vez que a economia não está
dissociada da política. O desenvolvimento sustentável das sociedades africanas
passaria pela participação política popular. Para Almeida, a África precisa
inovar na construção de uma percepção própria da nação e dos papéis do Estado,
da interacção política, económica e social entre eles. “É preciso também
consolidar a identidade e a unidade concebidas durante a luta de libertação nacional,
pensar fórmulas de desenvolvimento capazes de romper a pressão gerada pelas
necessidades vindas do exterior do continente, reconstruir as ideologias e
repensar o papel das elites nacionais”, pontua.
Conclusão
Pode-se concluir
que no princípio do século XIX com a expansão do capitalismo industrial, começa
o neocolonialismo no continente africano. As potências europeias desenvolveram
uma corrida a África massiva e ocuparam a maior parte do continente, criando
muitas colónias. Entre outras características, é marcado pelo aparecimento de
novas potências concorrentes como Alemanha, Bélgica e Itália com a influência destes
países europeus afectaram as nações africanas. No inicio da primeira guerra
mundial diversas terras 90% estavam sobre o domínio da Europa. A partilha era
feita de maneira arbitrária não respeitando as características éticas e
culturais de cada povo, o contribuem para muitos conflitos actuais do
continente africano, tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas foram
unidas.
Bibliografia
ARAUJO, ADRIENE
PEREIRA – A
descolonização da África e do mundo árabe - traída no site –
JulioBattisti.com.br – Acesso em 7 Maio
de 2013
DA FONSECA,
ANFONSO H LISBOA-
Bela África e os Afrodescedentes - traída no site – Geocities.com – Acesso em 7
Maio de 2013
Índice
Introdução
A
colonização da África
A
descolonização da África
África
cultura e continuidade histórica
A
situação política no continente africano
Continuidade
sistemática
Ruptura
Conclusão
Bibliografia
Índice
Introdução
A
colonização da África
A
descolonização da África
África
cultura e continuidade histórica
A
situação política no continente africano
Continuidade
sistemática
Ruptura
Conclusão
Bibliografia