bioenergético

INTRODUÇÃO

Bio significa vida. Bioenergética é energia da vida. Para ser mais simples, qual é a primeira coisa que você faz ao nascer? Respirar. O bebê tem que respirar e assim todo o sistema começa a funcionar. Quando você pára de respirar, o que acontece? Morre. Respirar é a coisa mais fundamental para nós.
Cada emoção que a gente sente tem um reflexo diferente em nossa respiração. Quando você está triste, deprimido, a sua respiração é curta, pequena. Quando você está fazendo amor, a sua respiração é abundante e profunda. Quando você está com raiva, ela é rápida, ofegante. Quando você está com medo, sua respiração quase paralisa. Cada vez que nós queremos/precisamos evitar ou apenas diminuir a intensidade de um sentimento, a nossa respiração encurta e nosso corpo tensiona. Por outro lado, toda vez que permitimos expressar um sentimento, acontece exactamente o contrário: a nossa musculatura se expande e a respiração se amplia, dando uma sensação de alívio.























BIOENERGÉTICA

O termo bioenergético refere-se às fontes de energia para a actividade muscular. O termo energia é simplesmente definido como a habilidade de fazer trabalho. A fonte de energia do organismo humano provém dos nutrientes encontrados em nossa alimentação.  
A energia adquirida através dos alimentos, precisa ser transformada em um composto chamado trifosfato de adenosina (ATP)  antes que possa ser aproveitada pelo organismo para a acção muscular (WILLIAMS, 1995). 
O Corpo processa três tipos diferentes de sistema para a produção de energia.  
Os sistemas se diferem consideravelmente em complexidade, regulação, capacidade, força e tipos de exercícios para cada um dos sistemas de energia predominantes. Cada um é utilizado de acordo com a intensidade e duração dos exercícios. Eles são classificados em: ATP- CP, Sistema Glicolítico (Lático e Alático) e o Oxidativo (Aeróbico).


ATP-CP
Podendo se assumir que o sistema ATP-CP supriria a energia de no máximo 15-20 segundos para os exercícios de curta duração como sprints, lançamentos, chutes, etc... e de maior duração 30-45 segundos, como corridas de 100 e 200 m., provas de natação de 50 m. , saltos de grande amplitude e levantamento de peso. Este sistema tem predominantemente o uso de carboidratos, gorduras e proteínas.


GLICOLÍTICO (Láctico e Alático)
O sistema ácido láctico também proporciona uma fonte rápida de energia, a glicose. Ele é a primeira fonte para sustentar exercícios de alta intensidade. O principal factor limitante na capacidade do sistema não é a depleção de energia mas o acúmulo de lactato no sangue. A maior capacidade de resistência ao ácido láctico de um indivíduo é determinado pela habilidade de tolerar esse ácido.
 Este sistema proporciona energia para actividades físicas que resultem em fadiga de 45 -90 segundos. Tendo como exemplo actividades tipo: corridas de 400-800 m. , provas de natação de 100-200 m., também proporcionando energia para piques de alta intensidade no futebol, róquei no gelo, basquetebol, voleibol, tênis, badmington e outros sports. O denominador comum dessas actividades é a sustentação de esforço de alta intensidade com duração de 1-2 minutos. A principal fonte de energia desse sistema é o carboidrato (McARDLE et alii, 1992 )


AERÓBICO 
O sistema aeróbio é um complexo de vários componentes diferentes. Por causa de sua habilidade de utilizar carboidratos, gorduras e proteínas como fonte de energia e porque produz somente o CO2 e água como produto final, esse sistema tem capacidade ilimitada de produzir ATP. Sua complexidade e necessidade por constante suprimento de O² é que limita a produção de ATP .


Esse sistema fornece energia para exercícios de intensidade baixa para moderada. Fornece energia para actividades como dormir, descançar, sentar, andar e outros. Quando a actividade vai se tornando um pouco mais intensa a produção de ATP fica por parte do sistema ácido láctico e ATP-CP . Actividades mais intensas como caminhada, ciclismo, fazer compras e trabalho em escritório também são supridas em parte pelo sistema aeróbico, até que a intensidade atinja o nível moderado-alto (acima de 75%-85% da Frequência Cardíaca Máxima), depois é recrutado para suprir energia suplementar. 
Os melhores exemplos de exercícios que recrutam o sistema aeróbico são: aulas de aeróbica e hidroginástica de 40-60 min., corridas mais longas que 5000 m., natação ( mais que 1500 m.) , ciclismo (mais que 10 km.), caminhada e triathlon. Qualquer atividade sustentada continuamente em um mínimo de 5 min. pode ser considerada aeróbica.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONCLUSÃO

Bioenergética é o estudo quantitativo da transdução de energia que ocorre em células vivas e da Natureza e também a função dos processos químicos que fundamentam essas transduções. A bioenergética está relacionada com processos católicos.
A Bioenergética constitui um dos principais blocos temáticos da Fisiologia, sendo essencialmente dedicada ao estudo dos vários processos químicos que tornam possível a vida celular do ponto de vista energético. Procura, entre outras coisas, explicar os principais processos químicos que decorrem na célula e analisar as suas implicações fisiológicas, principalmente em relação ao modo como esses processos se enquadram no conceito global de homeostasia. A compreensão daquilo que significa “energia” e da forma como o organismo a pode adquirir, converter, armazenar e utilizar, é a chave para compreender o funcionamento orgânico tanto nos desportos de rendimento, como nas atividades de recreação e lazer. O estudo da bioenergética permite entender como a capacidade para realizar trabalho (exercício) está dependente da conversão sucessiva, de uma em outra forma de energias. Com efeito, a fisiologia do trabalho muscular e do exercício é, basicamente, uma questão de conversão de energia química em energia mecânica, energia essa que é utilizada pelas miofibrilas para provocar o deslize dos miofilamentos, resultando em acção muscular e produção de força.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


FOX, Edward L. & MATHEWS, Donald K. - Bases fisiológicas da ed. física e dos desportos, 3 ed, Rio de Janeiro, Interamericana, 1983.
MacARDLE, William D. KATCH, Frank. - Fisiologia do exercício, energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro, Interamericana, 1985.

SANTAREM, J.M. - Apostila do Curso de Musculação FEPAM - Fisiologia dos exercícios com pesos, 5 ed. São Paulo, 2001.