Perfil do gestor

INTRODUÇÃO

As novas tecnologias e os modelos de gestão contemporâneos, que vêm transformando o sistema productivo, levam as empresas a lutar cada vez mais por competividade e resultados.
Em decorrência, exige-se mais da capacidade intelectual dos profissionais. Nesse cenário, ganha importância o modelo de gestão por competências, ndoctado como alternativa ao modelo de gestão, tradicional de administração para planejar, captar, e desenvolver os recursos humanos necessários a conquista de melhores resultados operacionais.
Porem, preparar um profissional que seja capaz de oferecer à empresa respostas desejadas exige  a aquisição ou ampliação de algumas competências que lhe permitam investir em seu desenvolvimento pensar estrategicamente, buscar resultados, conquistar a fidelidade do cliente, ter capacidade para negociar e trabalhar bem em equipe.
Ao organizarmos este trabalho procuramos articular os conhecimentos de modo a facilitar a compreensão nas principais características do perfil do gestor sua função espectativas, competências técnicas com tudo oferecer aos futuros profissionais , informações que os qualifiquem para o desempenho dos novos papeis no sistema productivos e correspondam às novas exigências do mercado de trabalho.













PERFIL DO GESTOR

Organização é no seu mais puro e simples significado. Um bom gestor é organizado, não deixa problemas se acumularem, sabe medir e controlar o seu tempo e elencar prioridades para trabalhar focado nelas e, para isso, sabe delegar responsabilidades e criar processos chave, pois assim tem maior controle do que está sendo feito e de quem cobrar resultado.
Com isso partimos para a liderança. Como foi dito, um bom gestor delega suas responsabilidades, pois ele sabe que tem as pessoas certas no barco, sabe escolher e pôr as pessoas certas nos lugares certos, de forma que a sua empresa funcione eficientemente. Importante é um gestor saber que ao mesmo tempo decisões precisam ser tomadas mesmo que sejam impopulares e se você tiver a equipe certa e bem motivada ela entenderá suas decisões.
FUNÇÕES DO GESTOR

Segundo Araújo (2004), “as funções do gestor foram, num primeiro momento, delimitadas como: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. No entanto, por ser essa classificação bastante difundida, é comum encontrá-la em diversos livros e até mesmo em jornais de forma condensada em quatro categorias. São elas: planejar, organizar, liderar e controlar.
Planejar: “definir o futuro da empresa, principalmente, suas metas, como serão alcançadas e quais são seus propósitos e seus objetivos ou como ferramenta que as pessoas e as organizações usam para administrar suas relações com o futuro. É uma aplicação específica do processo decisório.
O planejamento envolve a determinação no presente do que se espera para o futuro da organização, envolvendo quais as decisões deverão ser tomadas, para que as metas e propósitos sejam alcançados.
Organizar: pode-se constatar que  se fosse possível sequenciar, diríamos que depois de traçada (s) a (s) meta (s) organizacional, é necessário que as atividades sejam adequadas às pessoas e aos recursos da organização, ou seja, chega a hora de definir o que deve ser feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito, a quem a pessoa deve reportar-se, o que é preciso para a realização da tarefa.
Logo, “organizar é o processo de dispor qualquer conjunto de recursos em uma estrutura que facilite a realização de objetivos. O processo organizacional tem como resultado o ordenamento das partes de um todo, ou a divisão de um todo em partes ordenadas.
Liderar: envolve influenciar as pessoas para que trabalhem num objetivo comum. “Meta (s) traçada (s), responsabilidades definidas, será preciso neste momento uma competência essencial, qual seja, a de influenciar pessoas de forma que os objetivos planejados sejam alcançados.
A chave para tal, está na utilização da sua afetividade, na sua interação com o meio ambiente que atua.
Na gestão, não basta apenas ser uma pessoa boa é necessário que tenha nascido para vencer, vitória essa que está relacionada com a busca constante de desafios, com a coragem de mobilizar-se, de assumir seu papel diante de seus pares, de seus colaboradores e de seus supervisores.
A chave para tal, está na utilização da sua afetividade, na sua interação com o meio ambiente que atua. (muito bem mencionado)
Falar de afectividade pode significar aderir a um sistema de gestão de pessoas de forma parcial.
Quando se fala de gerir pessoas é importante ter em atenção ser competente, reconhecer competência e competências.
Trabalhar, ou liderar, pessoas é uma tarefa árdua, em que mais depressa se detectam os fracassos do que os sucessos, já que no primeiro caso toda a empresa se poderá ressentir, no segundo o mérito é geralmente assumido de forma solitária.
Trabalhar com seres humanos exige conhecer, compreender para posteriormente se desenvolver.
Para identificar competências há que conhecer muito bem a empresa e todos os seus colaboradores. Desta forma partimos para a implementação de todo um sistema organizado, planeado e formalizado com o objectivo de reter talentos, desenvolver as capacidades individuais, prever constrangimentos, e acima de tudo criar e gerir as oportunidades. Desta forma motivamos todos os intervenientes, gerimos as suas expectativas e potenciamos a produtividade.
Liderar significa análise, responsabilidade e justiça.
Maximiano ao invés de liderar, define o terceiro passo como executar, “o processo de execução consiste em realizar as atividades planejadas que envolvem dispêndio de energia física e intelectual” (MAXIMIANO, 119, 2002).
E por último controlar, que “estando a organização devidamente planejada, organizada e liderada, é preciso que haja um acompanhamento das atividades, a fim de se garantir a execução do planejado e a correção de possíveis desvios” (ARAÚJO, 170, 2004).
Cada uma das características podem ser definidas separadamente, porém dentro da organização, são executadas em conjunto, ou seja, não podem ser trabalhados disjuntas.



EXPECTATIVAS E COMPETÊNCIAS TÉCNICA DO GESTOR

As competências técnicas de determinado gestor representam o conhecimento profundo, ao nível dos métodos, processos e procedimentos, das actividades desenvolvidas na organização ou no departamento que dirige; representam ainda a energia e desembaraço para a realização rápida de tarefas, o pragmatismo e auto-domínio para resolução de problemas urgentes, confusos e complexos.
Segundo Robert L. Katz, em "As habilidades de um administrador eficiente", as competências técnicas são exigidas, com maior intensidade aos gestores de níveis hierárquicos mais baixos pois são eles que lidam mais directamente com os trabalhadores que executam as tarefas, existindo a necessidade de planear, organizar e controlar o seu trabalho, bem como dar apoio e formação na sua execução quando tal se mostre necessário.
A - Competência ética nos negócios
O administrador defronta-se com desafiantes pressões por melhores resultados, sem abandonar o aspecto social, operando em um ambiente de acirrada concorrência. Isto faz com que seja valorizada uma postura ética. Contudo, para que seja adotada uma postura verdadeiramente ética no contexto empresarial, ela deve ser entendida como parte integrante do trabalho.
 Neste sentido, o exemplo dado pela ações e princípios morais dos gestores inspiram padrões de comportamento. A importância da ética deve-se, notadamente, ao fato de que a legitimidade e a credibilidade das empresas têm sido questionadas com vigor. A globalização tem produzido demandas e expectativas cada vez mais complexas. Soluções imediatistas ou concessão de benefícios simbólicos não são mais resposta ao nível da efetividade, transparência e honestidade que são exigidas a um gestor. Assim, o desafio consiste na manutenção do apoio e do compromisso de transformar a ética em mais um elemento na composição do cotidiano.
B - Competência na gestão das pessoas
Em um mercado competitivo, a habilidade em produzir bens ou serviços não é o bastante para garantir-se a sobrevivência da empresa.
A organização deve estar atenta para as expectativas e desejos de seus clientes e apta a reconhecer como adequar-se a tais demandas.
Isto vai muito além de, simplesmente, anunciar os aspectos atrativos de um bem ou serviço, porque grande parte do esforço gerador da percepção de qualidade por parte do cliente é resultado da correta postura e da competência dos membros dessa organização. Isso determina uma nova dimensão para os processos de gerenciamento.
Gerenciar torna-se buscar a obtenção de resultados por intermédio das pessoas. Os modelos clássicos de gestão focalizaram a eficiência, buscaram o êxito por meio de racionalidades. Contudo, considerado o presente cenário, deve-se focalizar a eficácia em todas as áreas da organização. A eficácia na gestão da política, da estratégia, dos recursos e dos processos não é mais importante do que na gestão das pessoas. A moderna gestão deve preocupar-se em disponibilizar, para todos os mesmos princípios, oportunidades e métodos, proporcionando o compartilhamento da responsabilidade pelo sucesso e sua sustentação com consciência, permitindo melhor aproveitamento do potencial de cada um na melhoria contínua dos negócios. A moderna metodologia de gestão das pessoas contempla os seguintes aspectos:
. Busca da melhoria contínua da gestão das pessoas via análise crítica do modelo;
•Planejamento para o desenvolvimento das pessoas integrado com as políticas e estratégias da organização;
•Preservação e desenvolvimento das habilidades e capacitação das pessoas;
•Estabelecimento de objetivos comuns e processos contínuos de análise crítica do desempenho;
•Busca do envolvimento de todos no processo de melhoria contínua;
•Delegação de poder para tomada de ações apropriadas e busca de comunicação;
.Valorização de posturas éticas e cooperativas;
Estabelecimento de canais de comunicação com cada elemento da organização; manutenção de sistema de disseminação de informações para todos os participantes.
O acirramento da competição entre as empresas, a ocorrência de diversas crises econômicas, as mudanças políticas no mundo e a própria evolução comportamental do mercado contribuíram para o surgimento de uma nova postura de gestão através do compartilhamento, cooperação, participação e comprometimento das pessoas envolvidas na organização.
C. Integração com a cultura organizacional
A forma como uma organização se vê determina como ela regirá no meio ambiente. Nesse Processo interativo estará definido a sua permanência ou não no mercado. A cultura de uma organização impacta, significativamente, sobre o seu desempenho e constitui-se um elemento primordial na manutenção do fluxo de comunicações.
Os paradigmas culturais de uma organização determinam o comportamento característico das pessoas - linguagem e símbolos utilizados, rituais e procedimentos ao se relacionarem entre si ou com clientes, as normas e padrões de comportamento de cada grupo de trabalho, os quais moldam suas relações e as maneiras como as pessoas devem se ajustar para serem aceitas e progredir. Isto está intrinsecamente relacionado à forma pela qual a organização posicionar-
Se-á com relação aos seus diversos públicos e como ela enxergará a estes públicos. E à participação será fundamental para a disseminação de uma cultura da qualidade e para a redução de focos de conflito dentro da empresa.

Por tudo isto, os gestores deverão sempre considerar os seguintes pontos:
•as pessoas tendem a reagir negativamente ao desconhecido;
•capacidade de percepção varia de pessoa para pessoa;
•qualquer mudança atingirá não somente aos aspectos materiais, mas as relações sociais;
•a resistência é maior quando as pessoas são obrigadas;
•a resistência à mudança será tão maior quanto esta atingir estruturas e lideranças informais;
•a incapacidade para compreender o novo é fator impeditivo; a reeducação das pessoas é importante;
•não se deve ferir os hábitos e costumes das pessoas, deve-se buscar o consenso;
•a má comunicação conduz a mal-entendidos, gera medos, incertezas e insegurança.

Desta forma, a gestão das pessoas passa a ser compartilhada por todos os níveis gerenciais, assumindo uma característica essencialmente baseada no aconselhamento. A autoridade passa a ser a do saber e não uma autoridade de cunho disciplinar.
D - Capacidade em avaliar de problemas
Numa época em que é possível o acesso ativo ao desenrolar dos acontecimentos no Mundo, o simples acompanhamento do noticiário não é suficiente. Tão importante quanto compreender o sentido de um acontecimento é perceber quais são as forças, os movimentos, as contradições e as condições que o geraram, identificar as inter-relações, os atores e os interesses em jogo. Da mesma forma, avaliar corretamente as diversas variáveis envolvidas em uma situação exige o conhecimento detalhado dos seus elementos, além de uma capacidade de percepção que auxilie a descoberta de sentidos, relações e tendências, a partir das informações disponíveis.
Isto fornecerá uma indicação segura dos sentidos, articulações e forças, assim como delineará tendências, permitindo uma percepção nítida da trama de relações, das causas da crise e do Cenário onde esta ocorre.
O cenário de uma situação de crise modifica-se conforme seu desenvolvimento. Cada momento apresenta particularidades com influência sobre os rumos da situação e, geralmente, as mudanças no cenário indicam mudanças no processo. Somente conhecendo-se a conjuntura de uma situação de crise, pode-se determinar uma estratégia para a sua efetiva superação.
E - Liderança e comprometimento
O elemento inicial mais importante para a solução de problemas é a crença em que, com a participação de todos, os problemas será os superados. A maioria dos fracassos nas implementações medidas gerenciais pode ser creditada à ausência de confiança dos funcionários, como também à ausência de comprometimento da gerência com suas propostas.
Para a solução efetiva de problemas, é necessário um esforço coordenado e abrangente de todos.
As pessoas sem poder de mando dentro de uma empresa são as mais perceptivas em relação às atitudes da administração e devem sempre ser consideradas como parte fundamental de um desempenho positivo. Para os gerentes controlarem a tendência de oposição às mudanças, eles deverão conhecer a estratégia da organização e possuir discernimento para assumir riscos e tentar novos métodos. Eles devem tornar-se um exemplo para seus funcionários e, para isto, acreditar que o sucesso da organização começa pela mudança nos conceitos e ações, acreditar que a mudança começará a partir deles mesmos.
Gerentes precisam compreender (e acreditar) que não há especificações ou metas fixas e que tudo pode (e deve) ser melhorado. Eles devem ter uma clara visão do significado de cada meta, para serem capazes de desenvolver comprometimento com o sucesso e de poder explicar aos demais os objetivos da organização e como a estratégia definida é decisiva para o sucesso. Principalmente, eles devem buscar desenvolver em seus funcionários o orgulho pelos produtos e serviços que produzem e pela empresa, porque os funcionários são aqueles com maior influência sobre os resultados do cotidiano pois estão muito mais perto dos problemas e de suas soluções. Se a gerência não for capaz de transmitir os objetivos estratégicos e as expectativas específicas, os funcionários não serão capazes de desenvolver o seu potencial produtivo para a realização das metas.













CONCLUSÃO