Introdução
O
termo Gestão Escolar sempre esteve ligado ao papel que o diretor deve
desempenhar na escola, sendo considerado um bom gestor aquele que dinamiza a
escola, para buscar novos caminhos, para motivar todos os envolvidos no
processo. Mas, alguns conceitos educacionais vêm se transformando, à medida que
a sociedade exige novas posturas, concepções e formas de agir diante do momento
histórico. Pode-se dizer que a abertura política nos últimos trinta anos mudou
significativamente o quadro da educação brasileira, mas infelizmente esta
alteração é muito lenta.
Desenvolvimento
O
papel de gestor passou a ter importância em todos os segmentos da educação. Com
um conceito mais amplo, a gestão escolar passa a fazer parte das atitudes de
todos que atuam na educação. Cada educador tem um papel importante a
desempenhar junto ao aluno, nas suas relações pessoais e interpessoais,
demonstrando a sua concepção de Gestão Escolar.
Tem-se
observado profissionais que atuam na educação pública com os mais diversos
modos de ser, de pensar, de agir, com ideias tão particulares, tão arraigadas
em sua postura pedagógica, que não abrem mão daquilo que acreditam ser a melhor
forma de “dar aulas”. Este é o conceito mais veiculado em nosso meio: “dar
aulas”. E o que é dar aulas, senão uma concepção de educação onde o educador é
o único detentor do conhecimento, soberano na sala de aula, pois acredita que
se o aluno conversar ou se mexer na carteira, não irá aprender. Aos berros,
solicita atenção à turma, para que, em sua visão tradicional, haja a
aprendizagem. Não permite que os alunos se expressem, pois o que importa é
memorizem o conteúdo da aula. Este é apenas um dos tipos comuns de
profissionais da escola pública onde a gestão pedagógica é autoritária.
Há
aqueles que procuram trabalhar democraticamente, possibilitando a participação
do aluno no processo de aprendizagem, com atividades metodológicas e recursos
tecnológicos variados, existindo uma abertura para que o espaço de sala de aula
seja interativo, que leve a construção do conhecimento, de forma
interdisciplinar e contextualizada, observando o cotidiano do aluno e a
comunidade em que está inserido. Estas situações de aprendizagem que partem de
situações problemas, vivenciados pelo educando em seus contextos, numa
perspectiva histórico-crítica, são os desejos que se almejam em termos
educacionais, estimulando no aluno o interesse em aprender, ou pelo menos,
motivando-o para o processo de construção do pensamento, com o foco na prática
social.
Diante
deste quadro, foi realizada uma pesquisa de opinião, por amostragem aleatória,
com o objetivo de levantar pontos fracos e fortes de uma escola pública do
Estado do Paraná em 2007. Inicialmente foi discutido sobre a formação da escola
pública e as várias concepções de ensino com os alunos da 1ª série do Curso de
Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, na Modalidade Normal. Os alunos se interessaram em pesquisar a
opinião da comunidade escolar. A pesquisa foi realizada com alunos, professores
e funcionários do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série.
O ensino fundamental
O
colégio oferta Ensino Fundamental (5ª a 8ª série), o Ensino Médio e o Curso
Normal (Integrado e com Aproveitamento de Estudos) e tem parcerias com instituições
da cidade, tais como Faculdades, Secretaria Municipal de Educação e Indústrias,
entre outras.
A seguir será relatado literalmente o que foi considerado pontos fortes da
escola objeto de pesquisa: a localização central, o porte grande da escola,
isto é, são aproximadamente 1400 alunos, com mais de cem professores e 23
funcionários. A escola apresenta uma ótima estrutura física, pois a mesma foi
totalmente reformada; possui dois laboratórios de informática, laboratório de
Ciências/Biologia, laboratório de Química/Física, anfiteatro com capacidade
para cem pessoas, biblioteca ampla, uma quadra coberta e duas externas. Existe
na escola um clima de amizade, com pouca violência, em relação ao que se ouve
das demais escolas e na mídia. O colégio abriga uma diversidade de alunos e
professores, oriundos de diferentes estados brasileiros, de diferentes classes
sociais e econômicas. Com uma direção democrática, aberta ao diálogo, os alunos
se sentem acolhidos na escola, pois os professores procuram ensinar bem e
estabelecer uma boa relação com os mesmos, existindo, por parte de todos os
envolvidos no colégio, uma preocupação com a qualidade do ensino.
No levantamento dos pontos fracos foram citados, de acordo com amostragem dos
alunos do Ensino Fundamental, os seguintes aspectos, descritos textualmente:
desrespeito (dos alunos ) aos professores, falta de liberdade no modo de se
vestir (uma aluna entrevistada acredita que a pessoa deve ter seu próprio
estilo de vestir, de se maquiar, etc.), de segurança (houve um caso de invasão
de alunos de outra escola), o lanche é pouco variado; falta atividade
extraclasse; necessidade de espelho nos banheiros; falta de educação dos
funcionários com os alunos, professores “pegam no pé do aluno”; falta variar os
recursos tecnológicos na sala de aula; falta respeito entre alunos; tem
professor que não explica e/ou não dá conteúdo na aula; o ensino é considerado
fraco, além de briga e bagunça no colégio.
Para os funcionários, o
problema é o desrespeito dos alunos com eles; acontece de funcionário ficar
dando palpite no trabalho dos colegas. Segundo a opinião de funcionários e
alunos os banheiros são considerados sujos e há falta de ventiladores e
interruptores nas salas de aula. Os professores e funcionários consideram
problema a indisciplina dos alunos e a falta de envolvimento da família com o
aluno. Mas para os professores há falta de interesse dos alunos no estudo, os
alunos se atrasam para as aulas e brincam durante as mesmas; a falta de
professores desorganiza a escola; falta de organização pedagógica; tem algumas
salas numerosas e o barulho na quadra é grande.
Análises
fundamentais
Estas
questões levam a reflexão e análise, pois apesar dos pontos fortes que a escola
possui, é necessário ajustes para resolver os pontos fracos, segundo esta
amostragem de opinião, levantada pelos alunos pesquisadores, o principal foco é
a sala de aula.
Habilidades
e Competências: em gestão da sala de aula têm sido
identificadas como capazes de reduzir problemas disciplinares, garantindo
melhor desempenho acadêmico.
Habilidades
em gestão de sala de aula: Refere-se mais propriamente à forma
como o professor conduz sua sala de aula ao alcance dos seus objetivos.
Exige
características pessoais que deverão ser desenvolvidas. Se posicionar como
líder. Ser capaz de projetar valores institucionais.
Exige mais da
capacidade do sujeito para lidar com pessoas em diferentes situações.
Competências
em gestão de sala de aula: Dependem de muito estudo, leitura
e treinamento. Vai desde o saber conceitual até aquele aplicado. É a capacidade
de aplicar conhecimentos e dominá-los, na execução de alguma atividade em sala
de aula.
Exige capacidade
técnica e eficiência profissional e docente, organizando a estratégia de seu
alcance.
O desenvolvimento das
habilidades e competências do professor
Em
sala de aula pode resolver grande parte dos pontos fracos levantados pela
pesquisa. A postura pedagógica do professor pode levar o aluno a se concentrar
nas atividades propostas, participando do processo educacional ou às situações
de indisciplina; principalmente quando o método utilizado é somente de
exposição e memorização. A variedade de recursos metodológicos e tecnológicos é
um ótimo caminho para envolver o aluno no processo de construção do conhecimento
da Weblocal hospedagem de sites.
Em entrevista com os professores do Curso Normal da Weblocal Hospedagem
de sites, da instituição pesquisada de hospedagem de sites, 28% utilizam aulas
expositivas e 72% variam a metodologia de suas aulas com as atividades em
grupo, entre estes, 32% dos professores se consideram tradicionais, 16%
tecnicistas e nas linhas pedagógicas mais democráticas tem-se um índice de 40%
que se consideram na Pedagogia Histórico-Crítica e 12% nas demais tendências.
Os valores institucionais,
previstos no projeto político-pedagógico da escola, no contrato pedagógico
firmado a cada no início do ano, devem ser incorporados por todos, afinal foi
produzido pelo grupo de profissionais e pela comunidade escolar que atuam na
escola, discutidos com os alunos no início do período letivo. São valores de
respeito e liberdade, ao aprender, ao ensinar, a atuar como cidadão dentro e
fora da escola. Também cabe ao adulto ter paciência com o aluno, dando exemplo
de respeito, dignidade, sendo a Weblocal (hospedagem de sites) educado para com
todos, aos poucos, os alunos, adolescentes, vão percebendo que estão sendo
tratados com dignidade e que cabe a ele respeitar a todos os funcionários,
educadores e pessoas da comunidade escolar.
Os próprios alunos
reconhecem seus erros e os dos colegas, refletindo na Gestão Escolar situações
que precisam ser repensadas por todos. É visível o linguajar de alguns alunos,
repleto de palavrões, termos pejorativos, próprio de sua casa, de sua
comunidade e cabe ao adulto, educador (Funcionário e Professor) da escola dar o
exemplo, para que aos poucos aprendam a ter uma linguagem apropriada a sua
idade, nível de aprendizagem e a cultura de seu país.
A liderança
em escola pública
É
fundamental os alunos precisam perceber que vivemos em uma democracia, que
pressupõem direitos e deveres. Quanto mais livres somos, mais deveres têm com o
próximo. A escola poderia estar sempre, promovendo reuniões, discutindo
alternativas para problemas que vão surgindo no seu cotidiano, oferecendo um
espaço para construção coletiva de alternativas positivas e viáveis que deram
certo em outras instituições, socializando com todos e acordando atitudes
comuns dentro da instituição. Desta forma estariam formando um senso comum de
formas de agir diante das ocorrências comuns na escola, assumindo uma postura
ética e empreendedora no trabalho, que se desenvolverá de forma cooperativa e
possibilitando atitudes de mudança na prática social.
A formação de grupos de
estudos, no interior da escola, nas horas-atividades tem um resultado fabuloso;
se bem organizadas, com o compromisso de todos participarem, inclusive
convidando representantes de alunos com este interesse, seus pais, entre outras
pessoas da comunidade. Poderiam ser organizados grupos pequenos, mais
eficientes, com temas diferentes entre os grupos. Suas pesquisas poderiam ser
expostas nos murais da escola, na página da escola na internet. As escolas, de
um modo geral, reclamam da pouca participação dos pais, mas o que elas estão oferecendo
para eles estarem na escola? Este é outro ponto chave a ser discutido Web local
"hospedagem de sites". A participação de um grupo de
estudos/discussões seria uma ótima opção, além de proporcionar momentos de
reflexão aos professores, pais e alunos, nos valores da relação professor-aluno
e responsáveis pelos educandos ou sobre a postura pedagógica no conjunto da
instituição, etc.
Um ponto crucial, que
só depende do professor, é a sua formação, o seu comprometimento
político-pedagógico, ou seja, a capacidade de aplicar conhecimentos e
dominá-los, na ação docente. O aluno percebe claramente quando o professor não
domina aquele tema que está sendo trabalhado, quando este se perde no
esclarecimento das dúvidas, perdendo, também, o respeito do aluno. O professor
deve procurar ajuda quando não domina completamente o tema que trabalhará em
sala de aula, procurar o coordenador pedagógico, um professor mais experiente
que tenha capacidade técnica, conhecimento profissional, para orientá-lo na
organização de metodologias que levem a apropriação do saber veiculado na
escola, detendo-se no estudo e aprofundamento teórico das disciplinas sob sua
responsabilidade.
Interesses dos
Alunos
Quando
a aula passa a ser interessante e estimulante para o aluno, ele vai percebendo
o alcance de cada tema proposto, relacionando com o seu cotidiano, abrindo
perspectivas para novas descobertas, abre-se, então, um leque de interesses
para o aluno pesquisar. Desta forma, resolve-se grande parte dos problemas
levantados na pesquisa, seja em relação à disciplina, a relação
professor-aluno, aluno-funcionário. Pode-se dizer que o pedagógico é chave de
tudo; se esta organização for otimizada, os demais setores da escola o serão.
Como afirma Aninger, 2005 resolvem-se os problemas de gestão de conteúdos e de
conflitos, pois a gestão do conteúdo refere-se ao gerenciamento do espaço,
materiais, equipamentos e recursos utilizados; já a gestão de conflitos
refere-se ao gerenciamento dos problemas disciplinares, dentro e fora da sala
de aula, tanto por parte do aluno como do professor e funcionários, a postura
comportamental e suas relações inter e intrapessoal.
A escola é um espaço da
diversidade, cabe aos educadores gerenciar esta riqueza de idéias, de modos de
ver e viver no mundo. A escola pública será de qualidade quando proporcionar ao
aluno a formação cidadã, quando trabalhar em rede e incorporar os valores da
democracia, da liberdade, do respeito ao outro e à natureza, afinal formamos
cidadãos para o mundo. Líderes com poderes de argumentação, de equilíbrio
emocional, com visão de trabalho cooperativo para um mundo ecologicamente
correto.
Os estudantes não
entendem as orientações
Quando uma proposta tem
um resultado ruim, o problema pode estar na consigna malfeita, diz Rosaura, do
Instituto Abaporu. Ao apresentar uma atividade, use exemplos e explique de
várias maneiras o que deve ser feito. "Eu peço que os alunos digam o que
entenderam da minha orientação. Assim vejo se tudo ficou claro", afirma a
professora Carla, que leciona para turmas do 9º ano. Circular pela sala e
observar como as crianças estão realizando a tarefa também funciona. Nesse
momento, você pode intervir caso ainda haja dúvida e garantir que todos
trabalhem bem.
A turma acha que
toda regra é negociável
Os combinados são
uma maneira eficiente de fazer a gestão democrática da sala. Eles podem ser
sobre a organização da classe e dos materiais, por exemplo, mas, para pontos
como os horários das aulas e a não-tolerância a agressões, não existe negociação.
Com relação a questões dessa natureza, é preciso se valer de sua autoridade,
mas sem ser autoritário. "Eu converso com as crianças e explico o motivo
de a regra existir para que todas percebam a necessidade dela. Nessa discussão,
mostro o que acontece quando uma norma desse tipo é quebrada", conta
Marci, professora de Educação Infantil.
O aluno só responde
quando tem certeza
Incentive a
criança a dar uma resposta também quanto ela tiver dúvidas. Mesmo que a
conclusão dela esteja errada, alguns colegas podem ter feito o mesmo
raciocínio. Peça que ela explique o que pensou. Para ajudá-la a reconstruir
esse caminho, faça perguntas. Também não se contente quando um estudante
acertar. Ele vai aprender mais se você pedir que justifique sua conclusão. Quando
temos de contar aos outros algo que sabemos, desenvolvemos outra valiosa
habilidade. Por fim, instigue os demais a dizer se concordam com a opinião dada
e apresentem as razões.
Algumas crianças não
interagem
Passe sempre
pelas carteiras para verificar se todos estão participando das atividades
realizadas em duplas ou em grupos. Cabe a você ensinar a garotada a produzir de
forma cooperativa. Valéria, professora do 3º ano, conta que quando começou a
propor agrupamentos percebeu que a falta de familiaridade com esse formato era
uma dificuldade para muitas crianças. "Eu ajudava na organização da
equipe. Pedia que me dissessem a função de cada um e como tinham estruturado o
trabalho. Com o tempo, elas passaram a se organizar com mais autonomia.
Há muita conversa
durante as atividades
Interação não tem nada
a ver com indisciplina. "Uma sala que valoriza a troca de ideias é ruidosa
porque as crianças falam, argumentam, compartilham e questionam soluções e
hipóteses. Essas situações de diálogo favorecem o desenvolvimento
cognitivo", afirma Andréa, da Unicamp. Para que a aula não vire bagunça,
observe se a discussão gira em torno do tema proposto. Caso a conversa seja
sobre outra coisa qualquer, ajude o aluno a retomar o foco de onde parou. Uma
maneira de fazer isso é lançar algumas perguntas que estimulem todos a refletir
com você sobre o assunto que está sendo estudado.
Nem todos são
ouvidos no decorrer da aula
Muitas vezes, é
difícil prestar atenção em todos os alunos e você pode acabar interagindo só com
aqueles que se sentam perto da sua mesa. É importante, porém, assegurar que
cada um tenha a oportunidade de ser ouvido, inclusive os da "turma do
fundão". Uma estratégia é priorizar em cada momento da aula a participação
de alguns estudantes. "Quando estou fazendo a sistematização de um
conteúdo no quadro, chamo os que ainda não se manifestaram", conta
Valéria.
A classe se mostra
desmotivada
Situações instigantes e
projetos bem elaborados são o que costuma motivar os estudantes. O que você
propõe deve fazer sentido para eles. Esteja sempre atento aos pontos de vista e
aos interesses da turma. "Meus alunos querem mostrar suas opiniões. Por
isso, reservo momentos para argumentarem sobre temas variados", conta
Carla. Outras dicas básicas: variar sempre as atividades, usar diferentes
recursos, como os tecnológicos e os jogos, e estimulá-los a querer saber mais.
"A curiosidade leva em direção ao novo e estimula o conhecimento",
afirma Andréa.
Conclusão
Depois
de ter feito o nosso trabalho chegamos a conclusão de que, a partir destas
questões, o educador discute a gestão da sala de aula, um dos cinco temas
abordados pela série, Além de textos explicativos e eslaides, há também um
vídeo com o próprio Celso Vasconcellos, com 20 minutos de duração, bem como
bibliografia complementar, textos de apoio e ficha de avaliação, para que os
gestores escolares possam implantar em suas próprias escolas.
Referências
bibliográfica
pluricom.com.br/clientes/grupo-sm/noticias/2012/04/gestao-da-sala-de-aula-e-desafio-real-para-o-professor
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