empresa

Introdução


Uma empresa, é uma atividade econômica exercida profissionalmente pelo empresário por meio da articulação dos fatores produtivos para a produção ou circulação de bens ou de serviços. O conceito jurídico de empresa não pode ser entendido como um sujeito de direito, uma pessoa jurídica, tampouco o local onde se desenvolve a atividade econômica.

Empresa e estabelecimento são conceitos diversos, embora essencialmente vinculados, distinguindo-se ambos do empresário e da sociedade empresária, que são os titulares da empresa.

É importante por fim, saber que a empresa não se confunde com as pessoas que exercem a atividade, ou seja, o empresário individual ou a sociedade empresária. Da mesma forma não se pode confundir a empresa com o estabelecimento onde ela é exercida.
























Noção de empresa


Uma empresa é uma unidade económico-social, integrada por elementos humanos, materiais e técnicos, que tem o objectivo de obter utilidades através da sua participação no mercado de bens e serviços. Nesse sentido, faz uso dos factores produtivos (trabalho, terra e capital).

As empresas podem ser classificadas de acordo com a actividade económica que desenvolvem. Deste modo, deparamo-nos com as empresas do sector primário (que obtêm os recursos a partir da natureza, como é o caso das agrícolas, pesqueiras ou pecuárias), as empresas do sector secundário (dedicadas à transformação de matérias-primas, como acontece com as industriais e as da construção civil) e as empresas do sector terciário (empresas que se dedicam à prestação de serviços ou ao comércio).

Outra classificação igualmente possível para as empresas é de acordo com a sua constituição jurídica. Existem empresas individuais (que pertencem a uma única pessoa) e societárias (constituídas por várias pessoas). Neste último grupo, as sociedades, por sua vez, podem ser anónimas, de responsabilidade limitada e de economia social (as chamadas cooperativas), entre outras.

As empresas também podem ser definidas de acordo com a respectiva titularidade do capital. Assim, mencionaremos as empresas privadas (cujo capital está nas mãos de particulares), as públicas (controladas pelo Estado), as mistas (o capital é partilhado por particulares e pelo Estado) e as empresas de autogestão (o capital é propriedade dos trabalhadores).

A gestão de empresas, no que lhe diz respeito, é uma ciência social que se dedica ao estudo da organização destas entidades, analisando a forma como são geridos os seus recursos, processos e os resultados das suas actividades.



Evolução das empresas


As empresas, para conseguirem sobreviver no mercado, necessitam desenvolver diversos atributos de competitividade. O mais importante deles é o da evolução do modelo de gestão do negócio – fator determinante da vida ou da morte.
Os tripulantes de uma empresa são: os proprietários, os funcionários, os fornecedores e parceiros. Se estas pessoas permanecerem estacionadas no caminho mercadológico, estarão sujeitas ao esmagamento provocado pela concorrência. Ou pior, podem estar sujeitas a sofrer humilhações ao longo da caminhada, discriminações e ultrajes por parte do mercado, sempre implacável em relação aos mais fracos e doentes. Afinal, um negócio estagnado no tempo tem alguma virose que pode tornar-se rapidamente uma epidemia nas regiões comerciais acomodadas na excelência da sua história.
Porém, se alguma empresa entra no mercado oferecendo novos e atraentes produtos e, agregado a eles, uma prestação de serviços evoluídos em relação à atual situação, a efervescência mercadológica irá causar, muito provavelmente, o desaparecimento das empresas hibernadas, pois o tempo necessário para a saída da inércia será, com certeza, fatal para muitas organizações.
Mas como evitar a morte por inanição comercial? A resposta é clara: evoluir sempre, a todo instante, com a participação de todos os envolvidos no negócio. Algo complicado, com algum custo, trabalhoso e algumas vezes impiedoso com o passado? Com certeza. Tudo isto e muito mais, mas a evolução é necessária para a sobrevivência de qualquer negócio no mercado competitivo e em crescente profissionalismo. Um exemplo: imagine uma empresa na qual há um balconista utilizando o computador, atrás do balcão, para jogar paciência, e, de repente, entra na loja um consumidor que, certamente, estará impedindo que o jogador vença o jogo. Como esse cliente será atendido? Como um inimigo, que não permitiu que o funcionário terminasse seu passatempo. Quantas vezes vimos esta cena como clientes? Dezenas de vezes. E, como o consumidor do exemplo acima, nós não fomos atendidos de forma correta e saímos da empresa revoltados e sem os produtos ou serviços que desejávamos.
Mas onde está a evolução do negócio neste caso? No comprometimento de todos com o sucesso da empresa, na vontade de aprender, de vender e de obter lucro contínuo para a organização. Se o balconista estivesse analisando as vendas da empresa, os preços praticados, os últimos pedidos recebidos, as ações da concorrência, os próximos produtos a serem disponibilizados pelos fornecedores, como poderia ser a qualidade do atendimento àquele consumidor? A evolução não está apenas no comprometimento, mas também no modelo de gestão do negócio, no qual a utilização otimizada das informações empresariais, para a correta e estratégica tomada de decisões, é fator determinante para a sobrevivência da empresa no mercado.
Portanto, a gestão da informação e do conhecimento mercadológicos, gerados ao longo do tempo, é a base para a competitividade empresarial. Praticamente obriga aos gestores do negócio a procurar pelo diferencial competitivo todo instante, iniciando um ciclo de causas e conseqüências na organização, adequando os processos operacionais e, principalmente, alterando a relação com os clientes e suas necessidades atuais e futuras, interagindo as informações e análises da organização com todos os colaboradores.
Quando se fala em modernização da gestão, logo os empresários enxergam investimentos enormes em informatização, controles e automação dos processos. Na realidade, os investimentos vão existir, sem dúvida, mas o simples costume de todos os tripulantes em escutar o cliente e ter a capacidade empresarial de transformar a sua necessidade oculta em oportunidade de novos negócios já será uma gigantesca evolução. Quantas empresas rejeitam de seus cadastros os clientes que compram à vista, inserindo em seus controles apenas os que necessitam do parcelamento da compra, deixando escapar um elo de ouro da corrente do mercado? Existem, ainda, as empresas que utilizam multiplicadores mágicos para formar os preços de vendas a partir de custos mal elaborados, resultando muitas vezes em valores e resultados confusos e desatualizados.
A evolução da empresa depende do esforço contínuo de todos, mas, principalmente, da vontade de não ficar parado, procurando novos caminhos, oportunidades, qualidade e a vontade de sobreviver dignamente no mercado. Ou seja, com lucro e fluxo de caixa com o saldo positivo.

Classificação das empresas

A concepção de uma empresa, seja ela grande ou pequena, com ou sem fins lucrativos, não se torna possível sem a adoção de uma série de princípios administrativos que irão engendrar a organização e o conseqüente desenvolvimento da empresa.
 Segundo a Teoria Sistemica, esses princípios administrativos são dados por quatro fatores:
• Planejamento,
• Organização
• Direção
 • Controle.
Ainda segundo essa Teoria, também chamada de Organicista porque aplica nas Ciências Sociais algumas teorias das Ciências Biológicas (tomando como referência a relação CélulaTecido-Órgão-Sistema-Organismo), o conceito de Administração pode ser dado pelo ato ou efeito de organizar, de criar organismos, que compreendem um conjunto de órgãos constituindo uma empresa.
A racionalização, importante fator de organização, é toda ação reformadora que visa a substituir processos rotineiros e arcaicos por métodos baseados em raciocínios sistemáticos. Hoje, porém, a palavra organização é comumente substituída pelo termo “Organização e Método” (O&M).
A organização pode ainda ser divida em duas fases: • Economia Rudimentar: consumo reduzido, baixa produção, artesanal, falta de organização. • Economia Evoluída: aumento do consumo, produção empresarial, desenvolvimento da organização. É inegável a contribuição das organizações militares no enriquecimento do processo organizacional, como a pesquisa operacional e o PERT. Dentre os diversos tipos de empresa, temos a de produção, construtora e a de serviços. As empresas ainda podem ser classificadas quanto à: • Objetivos (comerciais, industriais, de prestação de serviços). • Tamanho (grande, média, pequena, micro). • Estrutura: (individuais, coletivas, públicas, mistas). • Volume de Trabalho Interno (simples, complexas). • Organização (Linear ou Militar, Funcional, Estado Maior ou “Staff”). "Produzir" é o ato de transformar recursos materiais em bens de consumo pela atividade comercial. "Desperdício" é a perda de materiais por negligencia, imperícia ou imprudência do agente administrativo. O desperdício pode ser causado por tipos de origem, fator material, humano ou racional. Pelo setor económico Dependendo do tipo de prestação da empresa, tem-se as seguintes categorias: • Setor primário, correspondendo à agricultura; • Setor secundário, correspondendo à indústria; • Setor terciário, correspondendo ao setor de serviços.

Pelo número de proprietários O proprietário da empresa pode ser apenas uma pessoa, caso das empresas individuais, como podem ser mais de uma, formando sociedades. Existem as seguintes modalidades nas legislações portuguesa e brasileira: • Empresa em nome individual • Sociedade por quotas • Empresa de Responsabilidade Limitada, (Ltda terminação no nome da empresa) • Sociedade Anônima, (SA - terminação no nome da empresa) Pelo tamanho A empresa pode ser ainda categorizada pelo seu tamanho, de acordo com um ou uma série de critérios, como o número de empregados, volume de negócios, etc. Uma forma rápida para traduzir genericamente este compêndio de critérios é dizer que a empresa pode ser: • Microempresa • Macroempresa • Pequena empresa • Empresa de médio porte • Grande empresa Pelo fim • fim lucrativo • fim não lucrativo Essa divisão, parte da antiga conceituação de Empresa, uma associação organizada ou empreendimento ou ainda uma firma ou pessoa jurídica que explora uma determinada atividade com objetivo de lucro. Todavia, deve-se levar em conta uma nota em relação a uma certa confusão sobre o que é uma empresa sem fim lucrativo. Uma empresa ao declarar que ter lucros não é um fim em si próprio, não implica que a empresa não crie lucros, mas antes que esses lucros não irão ser redistribuídos pelos dono(s) da empresa. A empresa pode aplicar esses lucros para poder suportar os custos da sua actividade, e o restante (o chamado lucro) poderá muito bem ser aplicado na expansão da sua actividade (alargamento), aumentos de eficiência (melhoria da qualidade de funcionamento), ou ainda como também tem sido muito praticado: praticar um preço igual ao custo. Esta é uma das razões muito apontadas para falência financeira deste tipo de empresas, pois não incorporam o custo de inovação e de eficiência. 
Especialização O grau de especialização das empresas tem sido crescente. é uma tendência quando o mercado se torna mais exigente e mais maduro. Por especialização compreende-se a prestação de um serviço ou bem onde antes era um componente prestado por outra empresa. Separação entre gestão e dono da empresa Actualmente nos mercados mais concorrenciais, já há algum hábito em distinguir a gestão da empresa com o titular da empresa, ou seja, o dono da empresa pode não ser a melhor pessoa a gerir a empresa. Isto ocorre usualmente quando o criador da empresa, fica com uma certa idade, ou quando a empresa fica com uma dimensão extremamente elevada... Multinacionais Multinacionais são empresas que atuam em diversos países, isto é, que já ultrapassaram barreiras geográficas e políticas para saírem de seus países sedes e se deslocarem para diversos mercados no globo.



 organização  das empresas

1- Planejamento:

- Função administrativa que define antecipadamente O QUE se deve fazer para se conseguir atingir os objetivos determinados.
- É um modelo teórico para a ação futura. É um processo contínuo e interativo que visa manter uma organização como um conjunto apropriadamente integrado a seu ambiente.
- Visa dar condições para se desenvolver, organizar e dirigir um sistema empresarial, partindo de certas hipóteses acerca das realidades presente e futura.
- É uma atividade consciente para dar continuidade à empresa. Não diz respeito às decisões futuras, mas às implicações das decisões atuais. Exemplo: “Em doze anos teremos 14% do mercado de cerveja do Brasil”
- Como não há vácuo de poder no mercado, bem como quem tem poder, exerce, a empresa necessita de manter-se ativa e constantemente atualizada com seus objetivos, caso contrário as pressões do ambiente empresarial.
-          A título de exemplificação, podemos dizer que dentro das empresas que planejam, 5% terão resultados negativos, porém 95% se terão resultados muito positivos. Dentre aquelas que não planejam, 5% se dão bem e 95% se dão mal. (Os porcentuais citados podem não ser exatos, pois a frase quer somente exaltar a importância do planejamento no resultado das empresas).

O planejamento pode partir de um sonho do empresário, ou do indivíduo, no seu planejamento particular de vida, bem como pode partir da análise de uma situação favorável verificada, e com isso determinar um rumo a ser tomado. Em ambos os casos, deve-se filtrar o desejo verificando-se interna e externamente as condições de exeqüibilidade.

2- Flexibilidade no Planejamento:

O planejamento deve ter como requisitos clareza no horizonte temporal, credibilidade e legitimidade, abertura à mudanças, flexibilidade, coletividade, utilidade de informações, continuidade (revisões constantes), convivência com a produtividade e a realidade, consciência que o processo é tão importante quanto o produto final do planejamento.
            O esquema adiante nos dá a idéia seqüencial e resumida dos procedimentos do planejamento
lembrando que o sistema de planejamento é único, porém se divide em três etapas:
                       
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
           
            PLANEJAMENTO TÁTICO
           
            PLANEJAMENTO OPERACIONAL       

            O estratégico, de responsabilidade maior da alta direção, deve determinar a estratégia da empresa, ou seja o seu rumo, determinando os objetivos maiores. Podemos afirmar que se a estratégia for inadequada, os prejuízos serão muito grandes e poderão quebrar a empresa.
            Em seguida, cada setor, fará seus planejamentos táticos, que consistem na determinação dos recursos necessários para que a estratégia se concretize. É óbvia a necessidade de que o tático seja coerente com o estratégico.
            O planejamento operacional, deve também, ser coerente com o tático e o estratégico e representa as ações necessárias para que todas as atividades necessárias para se atingir os objetivos estratégicos, sejam realizadas em tempo. O planejamento operacional, vai se traduzir numa lista de atividades, com datas e responsáveis. Em geral, muitos fazem este cronograma, pensando que planejam, porém esta é somente uma parte do planejamento. O mais difícil é determinar a estratégia.
            Em seguida, implanta-se um sistema de comparação entre o realizado (resultados obtidos) e os resultados esperados. Isso se chama controle. Fica evidente aqui que se controla somente aquilo que foi planejado, decidido, antes. Sem uma determinação do que se quer antecipada, não haverá como comparar com o que foi feito.


3- Influencia do Ambiente Externo:
 




























O esquema acima nos retrata a necessidade de conhecer e sempre estar atento a todos os níveis e fatores do ambiente externo (local, municipal, estadual, nacional, internacional, etc.) e parar de só olhar para o próprio umbigo (contabilidade, estoque, etc.)
Os problemas legais, políticos e de cidadania afetam as atividades da empresa de uma forma que ela pode ser influenciada em maior ou menor grau.


 
 








4- Demanda:

            Até agora enfatizamos a necessidade do resultado na empresa. Insistimos que a empresa somente deve ser organizada, pensada, administrada com a finalidade do resultado, pois a nosso ver, o não resultado positivo, coloca a empresa numa situação em que ela dá a terceiros, seus direitos, ou seja, a empresa com prejuízo, deve aos fornecedores e com isso a situação ficará inadministravel. 
            Não é essa a finalidade da empresa ou da sua administração.
            Nossa ênfase, visa conscientizar os alunos para cuidarem desse resultado que dará estabilidade e longa vida para a empresa.
            Sabemos, é claro que esse resultado, não virá por obra do acaso ou de algum misterioso personagem que surgirá na empresa com um cheque correspondente ao que seria o lucro da empresa.
            O lucro, deve ser trocado com alguma coisa, ou seja com o Produto. É nesse momento que vai residir o trabalho do administrador e de toda sua equipe. Faz-se necessário obter o produto. Se a própria empresa o fabrica, ou não, é hora de cuidar de sua produção, marketing, vendas, contabilidade e todas as funções necessárias para que ele chegue ao Cliente.
            Ao falarmos em cliente, descobrimos mais um dos grandes trabalhos da empresa!
            É necessário pensar nele. Descobrir suas características, seus gostos, seu comportamento nas compras e mais uma gama enorme de coisas dele.
            Mais importante ainda: é preciso saber qual é A VERDADEIRA NECESSIDADE dele. Então percebemos que uma pirâmide de ações trabalhosas se abrirá para que o resultado da empresa se realize.


5- Níveis de Competição:

A existência da demanda, ou seja, a procura por produtos que melhor atendam as necessidades do cliente, provoca a atenção dos diversos investidores, os quais passarão também a fornecer produtos semelhantes para atender aos clientes.
Nesse caso, vai aparecer a competição entre os diversos produtores. Abaixo relacionamos as quatro formas de competição mostrando o quanto a empresa deve se preocupar com elas, aprofundando suas análises para tomar estratégias corretas.

1- Forma de Produto: é a forma mais direta, simples e objetiva. Competem produtos contra produtos similares, diferenciados apenas pela marca ou mínimas diferenças. Produto X produto (Coca-cola light X Pepsi-cola light).

2- Categoria de Produto: compete com produtos que constituem um grupo semelhante, com menor especialização ( Coca-cola light X refrigerantes).

3- Competição Genérica: os produtos concorrem com outros que podem ser seus substitutos, atingindo o básico da necessidade ( Coca-cola light X bebidas, água, etc.).

4- Competição Orçamentária: a competição se dá à nível de poder econômico do cliente, segundo suas prioridades de orçamento, no nível de escassez (o consumidor deixa de beber a coca-cola para ir para casa de ônibus).

6- Os 4 “P s” do Marketing:

            O marketing começa a se desenvolver profissionalmente, ainda que incipientemente, a partir da revolução industrial – a maior mudança já acontecida na história – quando há o incremento da mecanização. Com o aparecimento das máquinas ocorre o início da produção em série e, conseqüentemente a economia de escala. Há, então, uma substancial redução de custos e um aumento de volume de produção.
            Considere-se que as noções dadas aqui sobre demanda, competição e marketing, devem servir de orientação para uma análise global no momento da escolha das estratégias. Não há uma pretensão de tornar esses conteúdos definitivos e completos para os alunos, mas somente como um exemplo de como se aprofundar numa análise ambiental com a finalidade de se estabelecer estratégias na empresa.
Realçamos, juntos com Paulo Sandroni, autor do Novíssimo Dicionário de Economia, que o “marketing (neologismo norte-americano adotado na nossa linguagem, onde poderíamos usar o termo mercadologia), consiste de um conjunto de técnicas matemáticas, estatísticas, econômicas, sociológicas e psicológicas usadas pelos produtores para estudar o mercado e conquista-lo através de lançamentos planejados de produtos. Isso é feito por meio de exaustivas análises de mercado, que indicam quais as necessidades reais ou imaginárias do consumidor e as motivações que o levam à compra. Após as pesquisas, o produtor fabrica um produto capaz de satisfaze-las. Essa mudança de orientação – produzir para atender às aspirações do mercado – assinala o surgimento da mercadologia, segundo a qual o mercado consumidor é mais importante que o produto.”
            Porém, há que se notar que naquele contexto pós-revolução industrial, a demanda absorvia o aumento violento de produção. Predominava o marketing do produto, onde o fabricante fazia o produto da forma que ele achava melhor e depois o “empurrava” para o cliente. É famosa a versão que diz que o Ford só fabricava carros de cor preta, sem se importar com os gostos e necessidades do cliente. Felipe Kotler – figura marcante e remodelador de conceitos de marketing – fala agora sobre o início de uma fase de marketing do atendimento ao cliente.

7- Diretrizes Organizacionais:

                        Este capítulo vai abordar o estabelecimento de diretrizes organizacionais que em conjunto com as análises interna e externa, conduzirão à administração estratégica.


I-  Força propulsora: são circunstâncias que provocam mudanças nas ações e estratégias da empresa, gerando alterações na competitividade. A força propulsora cria oportunidade para a empresa, dependendo dela, aproveitá-la. Ou seja, a empresa deve estar atenta para futuras mudanças possíveis no ambiente de forma a encaixá-las, ou não, nas suas estratégias.

            Ex.: - mudanças na taxa de crescimento de mercado
                   - mudanças no uso do produto
                   - inovações e mudanças de processo, produto ou forma de comercialização
                   - entrada ou saída de grandes empresas do setor
                   - difusão de know-how
                   - globalização
                   - influência do governo

8– Análise Interna / Externa:

             A equipe de análise define todas as variáveis e quesitos possíveis (quanto mais itens melhor) sobre pontos fortes e fracos internos da empresa e ameaças e oportunidades externas. O propósito de reunir todas as informações é de ajudar a administração a estabelecer as diretrizes futuras. Após serem analisados todos estes itens faz-se o somatório, verificando a predominância e enquadrando a empresa na matriz SWOT, definindo assim as estratégias mais indicadas de acordo com a situação atual e futura da empresa.
            Exemplo:


Análise interna


Análise externa
Itens
Pontos fortes
Pontos fracos

Itens
Ameaça
Oportunidade
Localização
X


Política
X

Capital de Giro

X

Legislação

X
Tecnologia
X


Entrantes

X
...



...


...



...


Total
250
50

Total
60
300

Enquadra-se então a situação da empresa na matriz abaixo, definindo assim uma idéia aproximada das posturas estratégicas a serem consideradas.


MATRIZ SWOT (FOFA) - POSTURAS ESTRATÉGICAS



POSTURAS

ESTRATÉ-

GICAS


ANÁLISE INTERNA

PREDOMINÂNCIA DE:

PONTOS FRACOS

PONTOS FORTES


A
N
Á
L
I
S
E

E
X
T
E
R
N
A



P
R
E
D
O
M
I
N
Â
N
C
I
A

D
E:

A
M
E
A
Ç
A
S

POSTURA ESTRATÉGICA DE SOBREVIVÊNCIA

- redução de custos
- desinvestimento
- liquidação



POSTURA ESTRATÉGICA DE MANUTENÇÃO

- estabilidade
- nicho
- especialização

O
P
O
R
T
U
N
I
D
A
D
E
S

POSTURA ESTRATÉGICA DE CRESCIMENTO


- inovação
- joint venture
- franchise
- expansão

POSTURA ESTRATÉGICA DE DESENVOLVIMENTO


- desenvolvimento de mercado
- desenvolvimento de produto
- internacionalização
- diversificação: - horizontal
                           - vertical
                 - conglomerativa
- fusão





11– Planejamento com PERT-CPM

(Progam Evaluation AND Review Technics)

(CRITICAL PATH METHOD)

Um dos principais fatores do progresso das nações no presente século (XX) foi a transformação da arte de administrar numa ciência de extremos requintes. Há cem anos atrás, as decisões empresariais eram tomadas a partir da intuição, da coragem pessoal e, quando muito, de uma meia dúzia de regras empíricas de avaliação de alternativas. Hoje, pelo menos nos países mais desenvolvidos, essas decisões tendem a fluir de uma série objetiva de cálculos, friamente elaborados por equipes técnicas, dimensionando os mercados, confrontando as alternativas tecnologicamente viáveis, medindo custos e aferindo os índices de rentabilidade.” Mário Henrique Simonsen.

Em 1957 os Estados Unidos estavam diante de um problema. Havia-se planejado construir um foguete espacial e embora não faltassem mão-de-obra,  fornecedores e dinheiro, estava-se com um certo receio de que a execução do projeto trouxesse um caos administrativo. Este empreendimento foi denominado Projeto Polaris pela Marinha dos Estados Unidos.
O número de sub-empreiteiros era de 9.000 e a quantidade de peças a ser fabricadas era de cerca de 70.000. A situação era tal que não se tornava interessante atrasar-se o término da execução.
A equipe de projetos, trabalhando em conjunto com a empresa Lockheed e com a maior firma de consultores de empresas da época, a Booz, Allen & Hamilton International, Inc., onde se destacavam Malcolm e Clark, desenvolveu em 1958 um sistema que recebeu o nome de PERT, abreviação de Program Evaluaction And Review Technis, ou seja Técnica de Avaliação e Revisão de Projetos.
Quase que no mesmo tempo, a Cia. E.I. Du Pont de Nemours, sob a chefia de Walkes, estava construindo projetos de introdução de produtos químicos, onde o tempo teria que estimado com grande precisão. Foi chamada a assessoria da Remington Rand Division, da Sperry Rand Corporation, onde destacamos Kelley, a qual elaborou um método bastante semelhante ao PERT, que recebeu o nome de CPM, abreviatura de Critical Path Method, ou seja o Método do Caminho Crítico.
A aplicação do PERT, quando havia aspectos probabilísticos e do CPM, quando havia aspectos determinísticos, tornou-se conhecida a partir de 1962 com a sigla PERT-CPM.
Existem milhares de aplicações do PERT-CPM  podendo ser usado desde um processo de compras, lançamento de um novo produto, até projetos de grandes construções civis.
Todos os projetos de construção para o governo brasileiro, devem vir acompanhados de diagramas PERT-CPM normalmente especificado nas licitações. Em praticamente todos os concursos públicos ligados à área de administração, exige-se a solução de uma rede PERT-CPM.  
O PERT-CPM faz parte dos gráficos de planejamento operacional, sendo uma derivação sofisticada do Gráfico de Gannt.




12 – Modelos de Organização de Empresas.

Objetivos

Explicar como as teorias de administra se desenvolveram no séc. XX a partir de Taylor, Fayol e outros.
Explicar quais são as mais importantes tendências da teoria e da prática na atualidade.


HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO:


1800 AC - Hamurabi                                      à Organização de produção
173 AC   - Catão (Roma)                               à Descrição de funções Públicas
1453       - Arsenal de Veneza                     àContabilidade, controle de estoque, controle de pessoal, etc...
1767         - Sir James Stewart                     à"Teoria da Fonte da Autoridade"
1800       - James Watt                    à Padronização de funções
                                  - Mathew Bolton                         à Incentivo salarial
1860       - Daniel Mc Callun                          à Organograma
1900         - Frederic Winslow Taylor         à Adm. Cientifica, métodos,tempos, etc.

 enquadramento das empresas no meio envolvente 

Definido de uma forma geral e simples,
o meio envolvente de uma empresa é o
contexto em que ela existe e realiza a sua
actividade e que, de algum modo,
influencia a forma como se comporta e
desenvolve.
Mas se o conceito de meio envolvente
na sua essência não oferece dúvidas nem
é objecto de controvérsias, a forma como
pode ser apreendido e analisado de modo
a tornar-se relevante para a condução da
actividade empresarial já obriga a opções
que podem ser de resolução difícil.
As formas de apreensão do meio
envolvente propostas na literatura
existente são múltiplas e referem-se a
vertentes que, podendo por vezes
sobrepor-se, dão ênfase a aspectos muito
diversos. Isto significa que, na prática, se
torna importante em primeiro lugar
clarificar o sentido pertinente do conceito
e, em
segundo lugar, as dimensões e níveis de
análise mais apropriadas ao objectivo que
se
pretende atingir.
Deste modo, procura-se aqui rever
algumas propostas e reflexões teóricas
que, ao longo de algumas décadas,
contribuíram para o estudo desta
temática.
1. - Meio envolvente objectivo e meio
envolvente percebido
Uma primeira questão é a de saber se o
que é relevante para a empresa são as
condições objectivas que o meio
envolvente lhe proporciona e que
constituem o enquadramento ambiental
da sua actividade e, por isso, deverão ser
consideradas para a definição do
comportamento estratégico, ou se, pelo
contrário, o que importa verdadeiramente
é a forma como são percebidas e
interiorizadas essas condições.
As duas perspectivas têm sido
apresentadas, cada uma dando mais
relevância a um dos
aspectos em detrimento do outro.
Considerar como mais relevante o meio
envolvente percebido, corresponde a não
atribuir ao meio envolvente objectivo,
enquanto tal, importância decisiva para a
estratégia das empresas.
desenvolvimento de uma empresa
constituem não só uma aventura
apaixonante, mas também um
desafio considerável. Com vista a
ajudar os empresários a responder
a este desafio, é essencial criar um
ambiente favorável para as
empresas.
Facilitar o acesso ao financiamento,
tornar a legislação mais clara e mais
eficaz, desenvolver uma cultura
empresarial e redes de apoio às
empresas são alguns dos
contributos preciosos para o
lançamento e o crescimento das
empresas.
No entanto, a criação de um
ambiente favorável para as
empresas implica, além da melhoria
do seu potencial de crescimento,
fazer com que o mundo se torne um
espaço acolhedor em termos de
investimento e de trabalho. Assim,
a promoção da responsabilidade
social das empresas contribui para
tornar mais atrativa o meio envolvente

 

 

Os desafios das empresas















Conclusão


Sempre existiram formas de trabalhos organizadas e dirigido. Contudo as empresas desenvolveram-se de forma lenta até a revolução industrial. Muitos investigadores dividem a história da empresa em 6 fases. Fase artesanal Desde a antiguidade, até 1780, o regime de produção esteve limitado a artesãos e a mão-deobra intensiva e não qualificada, principalmente mais direccionada para a agricultura. O sistema de comércio era de troca por troca (trocas locais). Fase da industrialização Com a revolução industrial, as empresas sofreram um processo de industrialização ligado as máquinas. O uso do carvão, nova fonte de energia, veio a permitir um enorme desenvolvimento nos países. A empresa assume um papel relevante no desenvolvimento da sociedades, introduzindo novas máquinas consoante o material que se queria produzir, como a máquina de fiar, tear, maquina a vapor, locomotivas, etc. Fase de desenvolvimento industrial Os dois expoentes marcantes desta fase, são o aço e a electricidade. O ferro é substituído pelo aço, como fonte básica da indústria, e o vapor é transferido pela electricidade e derivados de petróleo. DATASUL CURSOS PROFISSIONALIZANTES AV. CONDE DA BOA VISTA, Nº 1146 FONE: (81) 2119-1000 O desenvolvimento do motor de explosão e do motor eléctrico, estabelecem uma relação entre a ciência e o avanço tecnológico das empresas. Isto fez com que se desse o desenvolvimento dos transportes e das comunicações, o que permitiu encurtar as distancias entre diferentes áreas, o que permite o desenvolvimento rápido do intercambio comercial. Fase do Gigantismo Industrial Nesta fase as empresas atingem enormes proporções, passando a actuar em operações de âmbito internacional e multinacional. Surgem os navios cada vez mais sofisticados e de grande porte, grandes redes ferroviárias e auto-estradas cada vez mais acessíveis. O automóvel e o avião tornam-se veículos cada vez mais usuais / correntes, e com o aparecimento da televisão as distâncias encurtam-se Fase moderna Corresponde à fase em que o desenvolvimento científico e tecnológico das empresas se afirma de forma surpreendente e a utilização de meios tecnológicos cada vez é mais preciso. Cada vez é mais notório o contraste entre os países do norte e do sul, começando a ser classificados por países desenvolvidos (os da zona norte, mais avançados a nível tecnológico e empresarial), e países em vias de desenvolvimento (países da zona do sul, menos industrializados, e mais rurais). Nos países desenvolvidos começam a “circular” novos materiais básicos ( p.ex plástico alumínio ,fibras sintéticas, etc.). Ao petróleo e electricidade são aumentadas novas formas de energia, como a nuclear e a solar. O surgimento de novas energias, como o circuito integrado e a informática, permitem a sofisticação da qualidade de vida quotidiana. O uso de TV a cores, computador, comunicação por satélite e os carros, permite dinamizar as empresas. Existe uma relação directa entre empresa, consumo, publicidade. Várias formas de publicidade são hoje em dia estudadas pelos departamentos de marketing das empresas sendo que o meio publicitário que tem crescido mais nos últimos anos é a Internet, sites como http://www.pandaempresas.com surgem cada vez com mais frequência em todos os Países Desenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Os consumidores cada vez passam a ser mais existentes em termos de tecnologia. Surge então a competição entre as empresas no intuito de satisfazer os clientes, o que leva de forma directa e indirecta ao avanço tecnológico. Por trás deste avanço está estudos científicos. A ciência cada vez fica mais ligada à empresa. DATASUL CURSOS PROFISSIONALIZANTES AV. CONDE DA BOA VISTA, Nº 1146 FONE: (81) 2119-1000 Fase de incerteza Pós – Moderna Hoje em dia, as empresas encontram-se num clima de turbulência. O ambiente externo das empresas caracteriza-se por uma complexidade e mobilidade que os empresários não conseguem “gerir” de forma adequada. Nesta fase, as empresas lutam com escassez de recursos e cada vez é mais difícil colocar os produtos no mercado. As empresas tendem a estagnar, o que não é recomendável, pois a empresa deve assumir-se como um sistema de aberto a mudanças e inovações a todos os níveis, nomeadamente a nível de produtos internos e gestão

 

Referências bibliográficas


https://economiaglobal.wordpress.com/2008/02/29/evolucao-nas-empresas/
https://www.facebook.com/permalink.php?id=487402941298664&story_fbid=725265080845781
http://www.sebrae-sc.com.br/leis/default.asp?vcdtexto=4154

http://www.professorcezar.adm.br/Textos/ClassificacaoMicroPequena.pdf

http://www.reparte.org.br/classificacao-das-empresas/

http://conceito.de/empresa


https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa